OS RINS
são órgãos em forma de feijão, situados na parede posterior da cavidade abdominal, um em cada lado da coluna vertebral, estendendo-se desde a altura da 11ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar. Cada rim é envolvido por 3 camadas. A camada mais interna, a cápsula fibrosa do rim, reveste a superfície do órgão. Envolvendo a cápsula fibrosa, está a segunda camada, uma massa de gordura peri-renal denominada cápsula adiposa. A terceira camada é uma fáscia de paredes duplas, a fáscia renal, uma fina camada fibrosa que prende o rim às estruturas circunvizinhas para mantê-lo na posição.
OS URETERES
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Cada ureter vai da pelve até a região posterior da bexiga urinária. Cada um mede aproximadamente 25 a 30cm. É formado por 3 camadas: interna (mucosa), média (muscular) e a externa (fibrosa). O calibre do ureter é estreito, permitindo o frequente alojamento de cálculos.
A BEXIGA
É um órgão muscular cavitário. Está situada no assoalho pélvico (retroperitoneal). Sua face anterior está atrás da sínfise púbica. No homem, localiza-se anteriormente ao reto e na mulher, está anteriormente ao útero e à porção superior da vagina.
A URETRA
É um tubo que sai da face inferior da bexiga e transporta urina para o meio externo. Na junção da uretra com a bexiga, está o músculo esfíncter interno da uretra (musculatura lisa). Quando a uretra atravessa o assoalho pélvico, ela é circundada por musculatura esquelética, que forma o músculo esfíncter externo da uretra (voluntário).
O sistema urinário participa da manutenção da homeostase através da eliminação de restos do metabolismo, de água e outras substâncias pela urina. O sistema urinário é formado por 2 rins, 2 ureteres, 1 bexiga e 1 uretra.
O rim é um órgão que apresenta uma porção côncava e outra convexa. Na porção côncava se situa o hilo, local de entrada e saída de vasos, nervos e também a partir do qual os cálices renais formam a pélvis renal. O rim pode ser separado em porção cortical e porção medular. Na medula observam-se de 10 a 18 pirâmides medulares, as quais apontam para os cálices e destes para a pélvis renal. Cada pirâmide contém de 400 a 500 raios medulares, os quais penetram no córtex.
A unidade de filtração do rim é o néfron. Cada néfron é formado pelo corpúsculo de Malpighi, pelos túbulos contorcidos proximais e distais e pela alça de Henle. O corpúsculo renal é formado por aglomerado de capilares, conhecido como glomérulo, envoltos pela cápsula de Bowman, que possui um folheto parietal, formado por células simples pavimentosas e o folheto visceral formado por células modificadas, com prolongamentos primários e secundários, estas células conhecidas como podócitos. Os prolongamentos dos podócitos envolvem e abraçam os capilares, deixando pequenos espaços entre os prolongamentos secundários, fechados por uma membrana, e conhecidos como fendas de filtração. Além destas fendas de filtração, o filtrado tem de passar pelas fenestrações dos capilares e através de uma membrana basal espessa formada pelas células endoteliais e pelos podócitos. Acredita-se que esta membrana basal de 100 a 300nm de espessura seja a principal barreira no processo de filtração. Além das células endoteliais e dos podócitos, a estrutura glomerular apresenta ainda as células mesangiais. Habitando os espaço entre as células endoteliais, estas células desempenham importante papel de manutenção e limpeza da membrana basal.
O filtrado glomerular, após atravessar a barreira de filtração, passa pelo espaço capsular e segue pelo túbulo contorcido proximal. Este túbulo é formados por células cúbicas com borda em escova (microvilosidades), e na porção basal se observam dobras e interdigitações entre as células adjacentes. O citoplasma destas células é rico em mitocôndrias, o que lhes confere características acidófilas. O papel destas células e destes túbulos está na reabsorção de íons e outras substâncias do filtrado. Após passar pelo túbulo contorcido proximal, o filtrado segue para as alças de Henle. Formada por uma porção descendente, em sua maior parte constituída por epitélio simples pavimentoso, e porção ascendente formada em sua maior parte por epitélio cúbico simples.
As alças de Henle têm o papel fundamental junto aos ductos coletores na concentração da urina e reabsorção de água. Após passar pela alça de Henle, o filtrado segue em direção ao túbulo contorcido distal. Estes túbulos também formados por epitélio cúbico simples, entretanto, apresentam microvilos mais curtos e espaçados, além de um número menor de mitocôndrias, o que torna o citoplasma destas células menos acidófilos se comparados as células do túbulo contorcido proximal. O túbulo contorcido distal se aproxima do corpúsculo de Malpighi do mesmo néfron, e suas células se modificam, tornando-se cilíndricas, recebendo o nome de mácula densa. Esta estrutura, em conjunto com as células justaglomerulares da túnica média da arteríola aferente, formam o complexo justaglomerular e funcionam na regulação do balanço hídrico e do equilíbrio iônico. O filtrado após passar pelo túbulo contorcido distal, deixa o néfron e deságua nos túbulos ou ductos coletores, os quais seguem em direção as papilas.
Os tubos coletores inicialmente são revestidos por epitélio cúbico e a medida que se fundem com outros tubos e se dirigem para as papilas se espessam e suas células tornam-se cilíndricas. Como já foi colocado anteriormente, os tubos coletores atuam em conjunto com a alça de Henle na reabsorção de água. A bexiga e as vias urinárias são responsáveis pelo armazenamento e pelo transporte da urina para o exterior. A mucosa destas vias é formada por epitélio de transição apoiado sobre uma lâmina basal. As células mais superficiais do epitélio de transição se caracterizam por modificações que, quando a bexiga ou o ureter estão vazios, apresentam o aspecto globoso, quando as vias urinárias estão cheias,estas células passam a apresentar um aspecto mais achatado.
O SISTEMA URINÁRIO: A eliminação da urina é feita através do sistema urinário. Os órgãos que compõe o sistema urinário são os rins e as vias urinárias.
As vias urinárias compreendem o ureter, a bexiga e a uretra. Os nossos tecidos, que recebem do sangue as substâncias nutritivas, ao sangue abandonam aqueles compostos químicos tóxicos que neles se formam como resultado do complexo fenômeno da nutrição. Tais substâncias são danosas e devem ser eliminadas para não intoxicar o organismo e pôr a vida em perigo. A maior parte desses produtos é eliminada por trabalho do aparelho urinário; somente uma parte mínima é eliminada pelas glândulas sudoríparas mediante o suor.
O aparelho urinário tem a tarefa de separar do sangue as substâncias nocivas e de eliminá-las sob a forma de urina. Compõe-se ele dos rins, que filtram o sangue e são os verdadeiros órgãos ativos no trabalho de seleção das substâncias de rejeição; dos bacinetes renais com os respectivos ureteres, que conduzem a urina até a bexiga; da bexiga, que é o reservatório da urina; da uretra, canal mediante o qual a urina é conduzida para fora. Juntamente com as substâncias de rejeição, o aparelho urinário filtra e elimina também água. A eliminação de água é necessária seja porque as substâncias de rejeição estão dissolvidas no plasma, que é constituído, na sua maior parte, de água, seja porque também a quantidade de água presente no sangue e nos tecidos deve ser mantida constante. A água entra na composição de todos os tecidos e da substância intercelular ( que enche os espaços entre as células): ela é o constituinte universal de todos os "humores" do organismo e tem a tarefa essencial de servir de "solvente" de todas as substâncias fisiologicamente ativas. A água entra no organismo com os alimentos e as bebidas; em parte se forma no próprio organismo por efeito das reações químicas que aí têm lugar; Depois de ter realizado as suas importantes funções, a água deve ser eliminada: como antes tinha servido de veículo às substâncias nutritivas, agora serve de veículo às substâncias de rejeição.