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O QUE É RADIOLOGIA?


A PROFISSÃO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA: SAIBA MAIS SOBRE SUA CARREIRA

sábado, 22 de outubro de 2011

071) O SISTEMA DIGESTÓRIO

O SISTEMA DIGESTÓRIO é constituído por órgãos que formam um canal alimentar que se inicia na cavidade oral e segue pela faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso e termina no reto, que se abre ao meio externo através do canal anal. São funções do sistema digestório: mastigação, deglutição, digestão, absorção dos alimentos e eliminação dos restos metabólicos.





AS GLÂNDULAS SALIVARES
São responsáveis pela secreção de saliva. São classificadas em menores (labiais, genianas e linguais) e maiores (3 pares) que são: parótidas, submandibulares e sublinguais.



A FARINGE
É um tubo muscular que se estende desde a base do crânio (cavidade nasal) até o esôfago. Apresenta 3 partes. A parte nasal da faringe comunica-se com a cavidade nasal, através dos cóanos, e com a orelha média, através das tubas auditivas. A parte oral da faringe comunica-se com a cavidade oral. A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe e termina no esôfago.



O ESÔFAGO
É um tubo muscular que conecta a faringe com o estômago. Está localizado atrás da traqueia e anteriormente à coluna vertebral, no mediastino e atravessa o diafragma (hiato esofágico), terminando na cárdia, início do estômago, na cavidade abdominal. Apresenta, portanto, as partes: cervical, torácica (a maior delas) e lombar.



O ESTÔMAGO
É o órgão mais dilatado do canal alimentar que se segue ao esôfago e é continuado pelo intestino delgado. Situa-se na cavidade abdominal, à esquerda do plano mediano, abaixo do diafragma. A abertura do esôfago no estômago é chamada de óstio cárdico. O fundo gástrico está situado superiormente à junção esôfago-gástrica. O corpo gástrico é a maior parte do órgão e sua continuação culmina no óstio pilórico.



O INTESTINO DELGADO
É a continuação do estômago, estendendo-se até o intestino grosso. É a mais sinuosa porção do sistema digestório. Sua função é absorver nutrientes e está dividido em duodeno jejuno e íleo. O duodeno é o primeiro e menor segmento, com aproximadamente 30 cm, e continua no jejuno, na flexura duodenojejunal. O jejuno e o íleo estão presos à parede posterior do abdome por uma prega peritoneal denominada mesentério. Este contribui para o aspecto pregueado, formando alças (dobras) do jejuno e do íleo.



O INTESTINO GROSSO
É a continuação do intestino delgado, última porção do sistema digestório. Inicia-se no ceco, comunicando-se com o exterior através do canal anal. Apresenta maior calibre do que o intestino delgado, sendo possível observar 3 estruturas importantes: dilatações limitadas por sucos transversais denominadas saculações do colo; formações em fitas, que são as tênias do colo; e o acúmulo de gordura em suas paredes, que são os apêndices adiposos. O intestino grosso é dividido em colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto e canal anal.



O FÍGADO
É a glândula mais volumosa do sistema digestório. Localiza-se imediatamente abaixo e à direita do diafragma, embora uma pequena parte também ocupe a metade esquerda do abdome. Apresenta 2 faces: diafragmática, em contato com o diafragma; e visceral, em contato com as vísceras.



A VESÍCULA BILIAR
É um pequeno saco na parte visceral do fígado que armazena a bile produzida no fígado, sendo drenada para os ductos bilíteros intra-hepáticos. Esses vão formar os ductos hepáticos direito e esquerdo, que se unem para formar o ducto hepático comum. Quando a vesícula biliar se contrai, a bile é conduzida para o duodeno através de seus ductos.



O PÂNCREAS
Está localizado transversalmente abaixo do estômago, encostado na parede posterior do abdome (retroperitoneal). A cabeça do pâncreas está encostada no duodeno, enquanto seu corpo dirige-se para a esquerda e sua calda fica próxima ao baço. O pâncreas secreta o suco pancreático, que contém enzimas digestivas. Ele funciona também como glândula endócrina, secretando hormônios como insulina e glucagon.


Observação: O peritônio é uma serosa fina e lisa que reveste as paredes do abdome, incluindo o diafragma, e se reflete para revestir os órgãos abdominais. Sua função é lubrificar o meio abdominal para diminuir o atrito entre as vísceras e defender os órgãos contra infecções.



Cada órgão do sistema digestório realiza funções específicas. Na boca, o alimento é umedecido e mastigado, já sofrendo ação enzimática; passa pela faringe, esôfago e estômago, onde é misturado ao suco gástrico e convertido em quimo. No intestino delgado é digerido por secreções pancreáticas, hepáticas e secreções próprias da parede intestinal. As paredes do intestino grosso absorvem água, impulsionando produtos teciduais em direção ao ânus, onde são eliminados como fezes.

O canal alimentar é caracterizado por mecanismos esfinctéricos a cada área juncional, sendo eles faringoesofágicos, gastroesofágicos, pilórico e ileocólico. Os esfíncteres estão sob controle hormonal e neural e têm a função de evitar o refluxo de conteúdos do lúmen de uma porção do canal para outra. Os produtos da digestão passam através do epitélio da mucosa gástrica e intestinal, atingindo os capilares sanguíneos e linfáticos. Capilares do canal gastrintestinal drenam até as veias que formam a veia porta desdobrando-se em um grupo secundário de capilares no fígado que, por sua vez, drenam em veias que formam as veias hepáticas.


MOTILIDADE DO TUBO DIGESTIVO
O movimento propulsivo básico do trato gastrintestinal é o peristaltismo, que aparece como um anel contrátil. Qualquer material a frente desse anel contrátil é movido adiante. A onda peristáltica, começando logo abaixo do esfíncter esofagiano superior empurra o alimento sólido adiante dela. Visto assim, a motilidade do tubo digestivo compreende num conjunto de fenômenos mecânicos realizados através dos movimentos de sua parede, fazendo com que as substâncias alimentares ingeridas se desloquem em sentido oro-caudal e em harmonia com as secreções. Esses movimentos pela musculatura são organizados de acordo com as funções específicas de cada órgão, incluindo a participação dos esfíncteres e movimentos de propulsão e retropulsão, exceto no esôfago, onde o trânsito é unicamente propulsivo.


DEGLUTIÇÃO
A deglutição é um fenômeno dinâmico, ligado à manutenção da higidez biológica, que se verifica pela ingestão de nutrientes adequados, absorvidos e incorporados pelo organismo. É dividida segundo a região em que se desenvolve em fases oral, faríngea e esôfago-gástrica. Quanto à sua execução, são definidas: a oral como voluntária e a faríngea e a esôfago-gástrica como involuntárias.


DEFECAÇÃO
O mecanismo de defecação é controlado pelo sistema nervoso central. Para o aumento da pressão intra-abdominal, é preciso o fechamento da glote, abaixamento do diafragma, contração da musculatura da parede abdominal e contração da musculatura do assoalho pélvico. No reto, ocorrem relaxamento dos esfíncteres e contração peristáltica da parede do reto. Todos os movimentos são, em parte, voluntários e, em parte, involuntários, e são desencadeados por estimulação de mecanorreceptores na área anorretal. O enchimento das porções finais do intestino grosso estimula terminações nervosas presentes em sua parede, através de sua distensão. Impulsos nervosos são, então, em intensidade e frequência cada vez maior, dirigidos a um segmento da medula espinhal (sacral) e acabam por desencadear uma importante resposta motora que vai provocar um aumento significativo e intenso nas ondas peristálticas por todo o intestino grosso, ao mesmo tempo em que ocorre um relaxamento no esfíncter interno do ânus. Dessa forma, ocorre o reflexo da defecação.


REVISÃO: 

Vejamos o que acontece com os alimentos a partir do momento em que os mesmos são introduzidos no tubo digestório:


BOCA: É a porta de entrada dos alimentos. Durante o curto período de tempo em que os mesmos permanecem em seu interior, sofrem um importante processo de trituração, através da mastigação. Enquanto são mastigados, vão entrando em contato com uma secreção digestiva: a saliva. A saliva é composta basicamente de água, muco e enzima. A água proporciona uma fluidificação no alimento. O muco proporciona uma lubrificação, amacia o alimento e, com isso, facilita consideravelmente sua deglutição. A enzima presente na saliva é a ptialina, também conhecida como amilase salivar, que inicia o processo de digestão dos carboidratos presente no alimento. A secreção salivar é controlada pelos núcleos salivatórios, localizados no tronco cerebral. Alimentos de consistência homogênea, lisos e de sabor agradável, estimulam a secreção salivar e, consequentemente, facilitam a deglutição dos mesmos. A secreção salivar não é estimulada apenas pela presença dos alimentos na boca. Mesmo antes do contato do alimento com a mucosa bucal, um simples pensamento a respeito de um desejado alimento, o seu aroma ou a visão do mesmo já estimula a secreção da saliva. Seria uma fase da secreção salivar denominada fase psíquica. Outra fase seria a fase gustativa, estimulada pelo contato do alimento na mucosa bucal, enquanto o mesmo seria degustado e apreciado. Uma terceira fase (fase gastrintestinal) ocorreria durante a permanência do alimento no estômago ou até mesmo no intestino. Nesta fase, a saliva continuaria sendo produzida e, deglutida, continuaria atuando na digestão dos carboidratos. Ao serem devidamente mastigados e recebendo os efeitos da saliva, os alimentos passam a apresentar condições bastante satisfatórias para serem deglutidos. Com a ajuda da língua os mesmos são empurrados para a região posterior da boca e, ao entrarem em contato com a mucosa nesta região, algumas terminações nervosas são excitadas, levando estímulos ao centro da deglutição, no tronco cerebral, que executa, por sua vez, o reflexo da deglutição. Os alimentos são, então, empurrados para um outro segmento do tubo digestório: o esôfago.


ESÔFAGO. O esôfago funciona apenas como uma espécie de canal de passagem para os alimentos, levando-os da boca ao estômago. Não há enzimas secretadas pelo esôfago. A secreção esofagiana consiste apenas em muco, que exerce um importante meio de proteção à mucosa contra os possíveis efeitos abrasivos de alguns alimentos e contra a ácida secreção gástrica que, eventualmente, reflui e entra em contato com sua mucosa. Fracas ondas peristálticas se formam quando a parede esofagiana é distendida e propelem o alimento em direção ao estômago. Na região inferior do esôfago, bem próximo ao estômago, existe um esfíncter (esfíncter esofagiano), que tem a função de dificultar o refluxo do conteúdo gástrico para a luz esofagiana.


ESTÔMAGO. Em seu interior os alimentos podem permanecer desde alguns minutos até várias horas. Enquanto permanecem em seu interior, vão sendo submetidos a diversos movimentos que a parede do estômago executa, que vão, por sua vez, misturando cada vez mais os alimentos com a secreção gástrica e propelindo-os em direção ao piloro, que faz a ligação entre o estômago e o duodeno (1º segmento do intestino delgado).

A secreção gástrica consiste em:
* Grande quantidade de água, que exerce um importante mecanismo fluidificador dos alimentos.
* Muco, também em grande quantidade, que proporciona uma ótima proteção à mucosa do estômago contra o baixo pH da secreção gástrica.
* Ácido clorídrico, que além de facilitar a fragmentação de diversos polímeros ou macromoléculas, ainda participa na ativação de enzimas presentes no suco gástrico.
* Enzimas, que exercem a importante função de digestão dos diversos alimentos.

As principais enzimas presentes no suco gástrico são:
* Pepsina - inicia a digestão das proteínas. É formada através da ativação do pepsinogênio pelo ácido clorídrico.
* Lipase gástrica - inicia a digestão das gorduras.
* Renina - atua na digestão da caseína, uma das proteínas do leite.

Na medida em que os alimentos permanecem no interior do estômago e vão sofrendo a ação do suco gástrico, adquirem uma consistência cada vez mais líquida e ácida, recebendo a denominação de quimo. O quimo vai sendo, aos poucos, propelido a um outro segmento do tubo digestivo, passando pelo esfincter piloro e passando então para o duodeno.


INTESTINO DELGADO. No intestino delgado o quimo, com um pH um tanto ácido, recebe a ação de duas importantes secreções: Bile e Suco Pancreático.


SECREÇÃO BILIAR. Secretada pelo fígado, armazenada na vesícula biliar e drenada para o duodeno através do ducto colédoco, é composta por um líquido de coloração esverdeada, composto de água, eletrólitos, colesterol, bilirrubina e sais biliares. Os sais biliares são importantes na digestão das gorduras, pois fazem uma emulsificação das mesmas, facilitando significantemente a ação das lipases.


SUCO PANCREÁTICO. Secretado pelo pâncreas, atinge o duodeno através do ducto pancreático. É composto pelos seguintes elementos:

* Bicarbonato de sódio: Exerce uma importante função de neutralizar a acidez do quimo proveniente do estômago, pois a mucosa do intestino delgado não é tão protegida contra o pH ácido quanto a mucosa do estômago.

* Tripsina: Enzima que atua na digestão de proteínas.

* Quimiotripsina: Outra enzima que também atua na digestão de proteínas.

* Amilase Pancreática - enzima responsável pela digestão de carboidratos.

* Lipase - enzima que atua na digestão de gorduras.

A presença de um quimo demasiadamente ácido, no duodeno, estimula a secreção de uma substância proteica denominada secretina pela mucosa duodenal. A secretina, por via sanguínea, atinge o pâncreas e o estimula a produzir uma secreção mais rica em bicarbonato. A presença de um quimo rico em gordura no duodeno, estimula a secreção de uma substância proteica denominada colecistocinina pela mucosa duodenal. A colecistocinina, por via sanguínea, atinge o pâncreas e o estimula a produzir uma secreção mais rica em enzimas.

A colecistocinina também exerce outros importantes efeitos:

* Aumenta o tônus do esfíncter pilórico ao mesmo tempo em que reduz os movimentos do estômago e reduzindo, consequentemente, a velocidade do esvaziamento do mesmo.

* Aumenta as contrações da vesícula biliar ao mesmo tempo em que relaxa o esfíncter de Oddi. Isso faz com que a bile, armazenada no interior da vesícula, seja drenada para o interior do duodeno.

* Típicas ondas peristálticas vão, aos poucos, propelindo os alimentos através do restante do intestino delgado, ao mesmo tempo em que ondas de mistura vão misturando os alimentos com a abundante secreção intestinal.

* Na parede intestinal encontramos numerosas glândulas de Brünner, que secretam muco. São mais numerosas no duodeno.

Também encontramos umas glândulas tubulares denominadas Criptas de Lieberkhünn, responsáveis pela secreção de grande quantidade de água na luz intestinal.

Algumas enzimas são também produzidas na parede do intestino delgado:

* Peptidase - atua na digestão de proteínas
* Maltase - digere a maltose, convertendo-a em glicose + glicose.
* Lactase - digere a lactose, convertendo-a em glicose + galactose.
* Sacarase - digere a sacarose, convertendo-a em glicose + frutose.

Aos poucos, o que resta daquilo que outrora era chamado de alimento, vai passando por um outro esfíncter: o esfíncter íleo-cecal. Vai atingindo, então, um outro segmento do tubo digestório: o intestino grosso.


INTESTINO GROSSO. Neste segmento ocorre uma importante absorção de água e eletrólitos presente em seu conteúdo. O quimo vai, então, adquirindo uma consistência cada vez mais pastosa, e se transformando num bolo fecal. Fortíssimas ondas peristálticas, denominadas ondas de massa, ocorrem eventualmente e são capazes de propelir o bolo fecal, que se solidifica cada vez mais, em direção às porções finais do tubo digestório: os cólons sigmoide e reto.




QUADRO REMISSIVO

Função: Tornar solúveis os alimentos para que os nutrientes cheguem através das vilosidades intestinais à corrente sanguínea e, desta, a todas as demais células do organismo.

Processos físico-químicos: mastigação, insalivação, deglutição, peristaltismo, quimificação, absorção, emulsificação e eliminação de resíduos.

Estruturas: cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago, intestinos (delgado e grosso) e anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas.

Cavidade Bucal: Nesta região, ocorrem os primeiros processos da digestão, transformando o alimento em bolo alimentar. Há também as glândulas salivares, 2 parótidas, 2 sublinguais e 2 submandibulares. A dentição decídua = 20 dentes / A dentição permanente = 32 dentes.

Esôfago: Tubo muscular que comunica a faringe ao estômago e tem, em média 25 cm de comprimento. Através dos movimentos peristálticos, o bolo alimentar e impelido para o estômago.

Estômago: Apresenta grande e pequena curvatura, corpo, fundo e antro-gástrico. A válvula do cárdia impede o refluxo para o esôfago; A válvula pilórica impede o refluxo para o estômago; No estômago, o bolo alimentar sofre a ação do suco gástrico e o transforma em quimo, que é impelido para o intestino delgado.

Intestino Delgado: Possui, em média, 7m de comprimento e é o local da digestão final dos alimentos, onde os nutrientes são absorvidos. É dividido em 3 partes: Duodeno (o quimo recebe o suco biliar e pancreático); Jejuno e Íleo (o quimo transforma-se em quilo, onde os nutrientes são enviados ao sangue).

Intestino Grosso: Apresenta 7 partes anatômicas: cécum, cólon ascendente. cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, ampola retal e esfincteres anais. O quilo chega nesta área com muita água, que é reaproveitada para o organismo e tornando o bolo fecal pastoso, transformando-o em fezes, que são eliminadas pelo reto.



Aparelho para Radiografia I

Aparelho para Radiografia I

O QUE É RADIOGRAFIA ?

Os exames radiográficos utilizam raios-X; neste, o feixe de raios-X, transmitido através do paciente, impressiona o filme radiográfico, o qual, uma vez revelado, proporciona uma imagem que permite distinguir estruturas e tecidos com propriedades diferenciadas. Durante o exame radiográfico os raios-X interagem com os tecidos através do efeito fotoelétrico e Compton. Em relação à probabilidade de ocorrência destes efeitos, obtêm-se imagens radiográficas que, mostram tonalidades de cor cinza bem diferenciadas; conforme a densidade, tudo o que está dentro do corpo surge em uma cor diferente numa radiografia. Nos ossos, a radiografia acusa fraturas, tumores, distúrbios de crescimento e postura. Nos pulmões, pode flagrar da pneumonia ao câncer. Em casos de ferimento com armas de fogo, ela é capaz de localizar onde foi parar o projétil dentro do corpo. Para os dentistas, é um recurso fundamental para apontar as cáries. Na densitometria óssea, os raios-X detectam a falta de mineral nos ossos e podem acusar a osteoporose, comum em mulheres após a menopausa. Na radiografia contrastada, é possível diferenciar tecidos com características bem similares, tais como os músculos e os vasos sangüíneos, através do uso de substâncias de elevado número atômico (Iodo ou o Bário). Ainda, os raios-X possibilitaram o surgimento de exames como a tomografia axial computadorizada (TAC) que, com ajuda do computador, é capaz de fornecer imagens em vários planos, de forma rápida e precisa, utilizando quantidades mínimas de radiação.


Aparelho para Ecografia ou Ultra-Sonografia II

Aparelho para Ecografia ou Ultra-Sonografia II

O QUE É ECOGRAFIA OU ULTRASSONOGRAFIA ?

A ultrassonografia, ou ecografia, é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Os aparelhos de ultra-som em geral utilizam uma freqüência variada dependendo do tipo de transdutor, desde 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal piezo elétrico que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, que são interpretados através da computação gráfica. Quanto maior a frequência maior a resolução obtida. Conforme a densidade e composição das estruturas a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos.

A ultrassonografia permite também, através do efeito Doppler, se conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. Por não utilizar radiação ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é um método inócuo, barato e ideal para avaliar gestantes e mulheres em idade procriativa.
A ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis e oblíquos, de aplicação relativamente simples e com baixo custo operacional. A partir dos últimos vinte anos do século XX, o desenvolvimento tecnológico transformou esse método em um instrumento poderoso de investigação médica dirigida, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do usuário.

CARACTERÍSTICAS:
Esta modalidade de diagnóstico por imagem apresenta características próprias:
-É um método não invasivo ou minimamente invasivo.

-Apresenta a anatomia em imagens seccionais ou tridimensionais, que podem se adquiridas em qualquer orientação espacial.

-Não possui efeitos nocivos significativos dentro das especificações de uso diagnostico na medicina.

-Não utiliza radiação ionizante.

-Possibilita o estudo não invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler.
-Permite a aquisição de imagens dinâmicas, em tempo real, possibilitando estudos do movimento das estruturas corporais. O método ultra-sonográfico baseia-se no fenômeno de interação de som e tecidos, ou seja, a partir da transmissão de onda sonora pelo meio, observamos as propriedades mecânicas dos tecidos. Assim, torna-se necessário o conhecimento dos fundamentos físicos e tecnológicos envolvidos na formação das imagens do modo pelo qual os sinais obtidos por essa técnica são detectados, caracterizados e analisados corretamente, propiciando uma interpretação diagnóstica correta.

Além disso, o desenvolvimento contínuo de novas técnicas, a saber: o mapeamento Doppler, os meios de contraste, os sistemas de processamento de imagens em 3D, as imagens de harmônicas e a elastometria exigem um conhecimento ainda mais amplo dos fenômenos físicos.

A ultrassonografia pode contribuir como auxílio no diagnóstico médico e veterinário, sendo sua aplicação mais ampla atualmente em seres humanos. Pode acompanhar durante a gravidez o bebê desde seus primórdios ao nascimento, avaliando aspectos morfofuncionais. Permite ainda a orientação de processos invasivos mesmo antes do nascimento. Interage e auxilia a todas as demais especialidades médicas e cada vez mais firma-se como um dos pilares do diagnóstico médico na atualidade.

Aparelho para Tomografia Computadorizada I

Aparelho para Tomografia Computadorizada I

O QUE É TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ?

A tomografia computadorizada ou computorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada / computorizada (TAC), é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X.

PRINCÍPIOS FÍSICOS:

A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).
Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).

PROCEDIMENTO:

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado. Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando, portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja, multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.

CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS TOMOGRÁFICAS:

Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas.
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica. O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0, 023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria.
Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos. A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:

zero unidades Hounsfield (0 HU) é a água,

ar -1000 (HU),

osso de 300 a 350 HU;

gordura de –120 a -80 HU;

músculo de 50 a 55 HU.

As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.

Numa janela define-se a abertura da mesma, ou seja, qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela. O uso de diferentes janelas em tomografia permite, por exemplo, o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo. As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio, ou seja, é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tridimensionais.

Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.

Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).

VANTAGENS E DESVANTAGENS:

VANTAGENS:
A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida. Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%. Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.

DESVANTAGENS:
Uma das principais desvantagens da TC é devida ao fato de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível, sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado com cuidado os riscos e os benefícios. Apesar da radiação ionizante X, o exame tornasse com o passar dos anos o principal metodo de diagnostico por imagem, para avaliação de estruturas anatômicas com densidade significativa. O custo do exame não é tão caro como outrora, se comparado ao raios x convencional. Oferecendo ao profissional medico um diagnostico rápido e cada vez mais confiável.

Aparelho para Densitometria Óssea I

Aparelho para Densitometria Óssea I

O QUE É DENSITOMETRIA ÓSSEA ?

A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo.

Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico. O técnico do sexo feminino pode trabalhar mesmo estando grávida.

As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral.

Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e conseqüente predição do índice de fratura óssea.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo.

É recomendado que se repita anualmente a densitometria óssea para que o médico controle o acompanhamento evolutivo da osteoporose.

O objetivo de se fazer uma densitometria óssea é avaliar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. O paciente não necessita de preparo especial e nem de jejum. O exame leva aproximadamente 15 minutos. A osteoporose pode ser controlada, desde que o médico possa precisar o real estado de saúde do paciente.

Aparelho para Mamografia I

Aparelho para Mamografia I

O QUE É MAMOGRAFIA ?

A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.

Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x, para obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário.

É o exame das mamas realizado com baixa dose de raios X em mulheres assintomáticas, ou seja, sem queixas nem sintomas de câncer mamário. A mama é comprimida rapidamente enquanto os raios x incidem sobre a mesma. Pode incomodar se for realizado quando as mamas estiverem dolorosas (por exemplo: antes da menstruação). Assim, deve ser feito cerca de uma semana após a menstruação. A imagem é interpretada por um radiologista especialmente treinado para identificar áreas de densidades anormais ou outras características suspeitas. O objetivo da mamografia é detectar o câncer enquanto ainda muito pequeno, ou seja, quando ele ainda não é palpável em um exame médico ou através do auto-exame realizado pela paciente. Descobertas precoces de cânceres mamários através da mamografia aumentam muito as chances de um tratamento bem-sucedido. Um exame anual de mamografia é recomendado para todas as mulheres acima de 40 anos. Resultados registrados pela American Câncer Society, em uma recente avaliação em oito clínicas escolhidas aleatoriamente, demonstraram que houve 18% menos mortes em decorrência de câncer mamário entre mulheres com 40 anos ou mais que haviam feito mamografia periodicamente. Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e a possibilidade do tratamento do câncer mamário são muito significativos, compensando o risco mínimo da radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem durante o exame.

Aparelho de Ressonância Magnética I

Aparelho de Ressonância Magnética I

O QUE É RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ?

Ressonância magnética é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do espectro eletromagnético, caracterizando-se como sendo uma espectroscopia. Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso se dá necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada.
Em espectroscopia, o processo de ressonância magnética é similar aos demais. Pois também ocorre a absorção ressonante de energia eletromagnética, ocasionada pela transição entre níveis de energia rotacionais dos núcleos atômicos, níveis estes desdobrados em função do campo magnético através do efeito Zeeman anômalo.
Como o campo magnético efetivo sentido pelo núcleo é levemente afetado (perturbação essa geralmente medida em escala de partes por milhão) pelos débeis campos eletromagnéticos gerados pelos elétrons envolvidos nas ligações químicas (o chamado ambiente químico nas vizinhanças do núcleo em questão), cada núcleo responde diferentemente de acordo com sua localização no objeto em estudo, atuando assim como uma sonda sensível à estrutura onde se situa.

MAGNETISMO MACROSCÓPICO E MICROSCÓPICO:

O efeito da ressonância magnética nuclear fundamenta-se basicamente na absorção ressonante de energia eletromagnética na faixa de freqüências das ondas de rádio. Mais especificamente nas faixas de VHF.

Mas a condição primeira para absorção de energia por esse efeito é de que os núcleos em questão tenham momento angular diferente de zero.
Núcleos com momento angular igual a zero não tem momento magnético, o que é condição indispensável a apresentarem absorção de energia eletromagnéticas. Razão, aliás, pertinente a toda espectroscopia. A energia eletromagnéticas só pode ser absorvida se um ou mais momentos de multipolo do sistema passível de absorvê-la são não nulos, além do momento de ordem zero para eletricidade (equivalente à carga total). Para a maior parte das espectroscopias, a contribuição mais importante é aquela do momento de dipolo. Se esta contribuição variar com o tempo, devido a algum movimento ou fenômeno periódico do sistema (vibração, rotação, etc), a absorção de energia da onda eletromagnéticas de mesma freqüência (ou com freqüências múltiplas inteiras) pode acontecer. Um campo magnético macroscópico é denotado pela grandeza vetorial conhecida como indução magnética B (ver Equações de Maxwell). Esta é a grandeza observável nas escalas usuais de experiências, e no sistema SI é medida em Tesla, que é equivalente a Weber/m3.

Em nível microscópico, temos outra grandeza relacionada, o campo magnético H, que é o campo que se observa a nível microscópico. No sistema SI é medido em Ampere/m. Rigorosamente, núcleos não apresentam spin, mas sim momento angular (exceção feita somente ao núcleo do isótopo 1 do hidrogênio, que é constituído por um único próton). Embora o spin possa ser considerado um momento angular, por terem ambos as mesmas unidades e serem tratados por um formalismo matemático e físico semelhante, nem sempre o oposto ocorre. O spin é intrínseco, ao passo que objetos compostos tem momento angular extrínseco. Contudo, motivos históricos e continuado costume levaram a esse abuso de linguagem, tolerado e talvez tolerável em textos não rigorosos. Um motivo a mais de complicação é o fato de que a moderna física de partículas considerar que certas partículas, antes pensadas como elementares (e, portanto possuindo spin), sejam compostas (próton e nêutron compostos de quarks). Assim, fica um tanto impreciso o limite entre os casos onde se deva usar o termo spin e os casos onde se deva usar o termo momento angular.

Aparelho de Radioterapia I

Aparelho de Radioterapia I

O QUE É RADIOTERAPIA ?

Radioterapia é uma especialidade médica focada no tratamento oncológico utilizando radiação. Há duas maneiras de utilizar radiação contra o câncer:
Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares; e

Braquiterapia: que é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.

RADIOTERAPIA EXTERNA:

É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do tumor. Nesse caso, a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 1 cm a 1m da região a ser tratada. Os equipamentos utilizados na teleterapia podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia.

EQUIPAMENTOS DE QUILOVOLTAGEM:

São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de câncer de pele. Nesse tratamento o paciente é submetido a doses de 300 rad (3Gy) até atingir um total de 6000 rad (60 Gy).

EQUIPAMENTOS DE MEGAVOLTAGEM:

Nessa classe se situam os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. Num caso típico em que os elétrons atingem uma energia de 22 MeV, a dose máxima devida a raios X ocorrerá entre 4 e 5 cm de profundidade, decresce para 83% a 10 cm e para 50% a 25 cm. Portanto na terapia de tumores nos órgãos mais profundos como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc.

BRAQUITERAPIA:

A Braquiterapia é uma forma de radioterapia na qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. Materiais radioativos, geralmente pequenas cápsulas, são colocadas junto ao tumor liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os órgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante.

IMPORTANTE - COMO ESTUDAR PARA CONCURSOS PÚBLICOS

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Adendo I

Adendo II

Adendo III

PROGRAMA BÁSICO DE RADIOLOGIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PROGRAMA DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA

· PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÍSICA DAS RADIAÇÕES.


· ELEMENTOS DE RADIOGRAFIA.

· FORMAÇÃO DA IMAGEM.

· RADIAÇÃO SECUNDÁRIA.

· ACESSÓRIOS DE UM APARELHO DE RAIOS X.

· COMPOSIÇÃO DOS FILMES RADIOGRÁFICOS

· CÂMARA CLARA E CÂMARA ESCURA.

· MANIPULAÇÃO DE QUÍMICOS: REVELADOR E FIXADOR, ÉCRANS, INTENSIFICADORES, CHASSIS, PROCEDIMENTOS DE FILMES RADIOGRÁFICOS.

· PROTEÇÃO RADIOLÓGICA.

· ANATOMIA HUMANA.

· TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS.

· INCIDÊNCIA BÁSICA E ACESSÓRIA.

· CRÂNIO E FACE, MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES, COLUNA VERTEBRAL, PELVE, TÓRAX, ABDOME E CUIDADOS NOS PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS.

· PROTOCOLO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

· PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE EXAME EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.

. NOÇÕES DE MAMOGRAFIA.

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