É um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar doenças infecciosas usando desinfecção, esterilização e outros métodos de limpeza com o objetivo de conservar e fortificar a saúde. Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os seres humanos. Em seu sentido mais comum, podemos dizer que significa limpeza acompanhada do asseio. No sentido mais amplo, compreende de todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças e a manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo. Com o aumento dos padrões de higiene e estudos sócio-epidemiológicos têm demonstrado que as medidas de maior impacto na promoção da saúde de uma população estão relacionadas à melhoria dos padrões de higiene e nutrição da mesma. Muitas das doenças infecto-contagiosas existentes que são encontradas, em locais inadequados decorrentes dos baixos padrões de higiene, por vezes relacionados com o baixo padrão cultural e social local, atualmente, são de certa forma contidas com a implementação de padrões de higiene, através da conscientização da população e instrução de novas metodologias que ensinam como a sociedade deve comportar-se nesses momentos em relação à sua Higiene, quanto ao aspecto pode ser:
HIGIENE PESSOAL:
É um conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que cuidamos do nosso corpo, por ser um vetor de importância em nosso dia a dia, acaba por influenciar no relacionamento inter-social, pois implica na aplicação de hábitos, que viram normas de vida em caráter individual, como:
- Banho: Tomar banho diariamente;
- Devemos utilizar sabonete neutro;
- Assepsia: Com o uso de desodorante é bastante útil, especialmente de Verão. No entanto devem ser evitados os que inibem a produção de suor, podendo assim aumentar a transpiração noutros locais do corpo;
– Transpiração compensatória;
- Lavar as mãos sempre que necessário, especialmente antes das refeições, antes do contato com os alimentos e depois de utilizar o banheiro. Além disso, é importante manter as unhas bem cortadas e limpas.
HIGIENE BUCAL:
Os dentes e a boca devem ser lavados depois da ingestão de alimentos, usando um creme dental com flúor. Uma higiene inadequada dos dentes dá origem à cárie dentária, que pode ser causa de inúmeras doenças.
ÁGUA POTÁVEL:
Beber água mineral ou filtrada. Uma alimentação equilibrada com alimentos, se possível, mais naturais e que se encontrem em melhores condições.
HIGIENE COLETIVA:
É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a direcioná-las a um conceito geral de higiene, especificando em normas especiais, o manuseio de produtos de higiene e suas interações com o Ser Humano. Tratamento: Em medicina, tratamento é o conjunto de meios de qualquer tipo, sejam higiênicos, farmacológicos, cirúrgicos ou físicos cuja finalidade é a cura ou alívio de enfermidades ou sintomas, após a elaboração de um diagnóstico.
TIPOS DE TRATAMENTO:
- Tratamento médico: Feito, fundamentalmente, através de medicamentos ou farmacológicos.
- Tratamento cirúrgico: Onde se empregam técnicas de cirurgia.
- Tratamento ativo ou específico: É o tratamento dirigido contra a causa que provoca a enfermidade. Pode ser curativo ou paliativo.
- Tratamento paliativo: É o tratamento que tenta aliviar ou oferecer o máximo de qualidade de vida ou bem-estar ao paciente quando não se conheça um tratamento curativo eficaz.
- Tratamento sintomático: Praticado para acalmar ou aliviar os sintomas nas doenças que se desconhecem ou que não têm um tratamento eficaz.
- Tratamento alternativo: Geralmente, prescrito por pessoas ou instituições não-oficiais (ou sem autoridade médica oficial reconhecida pela ciência), independentemente da sua demonstração científica ou da sua eficácia comprovada.
MEDICAMENTO:
É um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Ao conceito de Medicamento têm sido atribuídas diferentes definições consoantes o contexto em que é utilizado, levando por vezes a uma sobreposição de significado com o termo fármaco. Contudo, uma definição clara é dada pela legislação portuguesa, que define medicamento como "toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas". Já a Farmacopéia brasileira dá a seguinte definição: "produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos." (Resolução RDC, nº84/02).
MEDICAMENTO GENÉRICO:
Um medicamento genérico é um produto farmacêutico desenvolvido e fabricado a partir de uma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem idênticas a de um medicamento considerado de referência já existente no mercado farmacêutico. Tem o mesmo efeito terapêutico, dosagem e a mesma indicação que o medicamento considerado de referência para aquele princípio ativo. A compatibilidade entre dosagens é comprovada por rígidos testes laboratoriais e clínicos para obter o registro de genérico.
USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS:
O uso indiscriminado de remédios, sintoma típico da hipocondria, uma compulsividade no pensamento e das preocupações sobre o próprio estado de saúde, pode acarretar uma série de problemas de saúde e também ambientais. De acordo com uma reportagem publicada na revista Carta Capital, cerca de um terço a 90% de todas as doses administradas de alguns remédios, como os antibióticos, são excretados na urina, citando ainda que pesquisadores ligados ao governo suíço iniciaram um estudo sistemático de poluentes em águas de várias regiões daquele país no ano de 2005. Enquanto esses cientistas procuravam por pesticidas, acabaram detectando por acaso na água de um lago traços de um remédio utilizado para diminuir o colesterol, o clofibrato. Passaram a investigar então, surpresos, as águas dos rios e dos lagos na região rural da Suíça, além da águas de grandes centros urbanos. O resultado da pesquisa foi de que havia altas concentrações de clofibrato na maior parte das amostras. Outros pesquisadores, desta vez da Alemanha, encontraram traços desse mesmo medicamento na água de torneira dos moradores de Berlim. Ainda na mesma referida reportagem, na Dinamarca as autoridades de saneamento teriam notado que 70% a 80% das drogas administradas nas fazendas de peixes acabam automaticamente no meio ambiente. Ao redor dessas fazendas, pesquisadores como L. Wollenberger e B. Halling-Sorensen, da Real Faculdade de Farmácia da Dinamarca, têm isolado bactérias resistentes a antibióticos.
COMO SOLUÇÃO, ALGUMAS MEDIDAS FUNDAMENTAIS:
1. mudanças nos sistemas de monitoramento desses produtos no meio ambiente;
2. melhor depuração de substâncias nocivas nas estações de tratamento;
3. conscientização da população contra o descarte de remédios não utilizados ou vencidos em lixo comum ou diretamente no meio ambiente.
PROFILAXIA:
Uma doença tem um ou mais agentes causadores. Estes necessitam de alguma maneira interagir com o organismo para gerar a doença. Toda e qualquer medida que procure impedir esta interação pode ser chamada de medida profilática. E a doença pode dar outras doenças como anorexia, conjuntamente, bulimia, etc.
PATÓGENO:
Pode ser chamado de patógeno um agente com potencial agressivo ao homem. Por exemplo, uma bactéria ou um vírus podem ser patógenos. Também são, pelo mesmo conceito, uma bala de revólver, um poluente ambiental, um gene mal-formado. Medidas que impeçam o contato do homem com os patógenos são medidas profiláticas. Uma campanha de desarmamento, o uso de máscaras contra gases e a não exposição do organismo a fenilalanina ( nos fenilcetonúricos), são exemplos destas medidas. A melhora das condições de saneamento ambiental, deixou de expor o homem a uma série de doenças, como a peste bubônica, transmitida por uma pulga que vive nos ratos. Nesta mesma situação, Hepatite, Gastroenterite e Verminoses, também são prevenidas, já que são transmitidas por água e alimentos contaminados. Medidas mecânicas simples que impedem o contato com o patógeno, como o uso de preservativos, impedem a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como a Gonorreia, a Sífilis, ou mesmo a SIDA (AIDS).
HOSPEDEIRO:
O hospedeiro da doença é o homem. Medidas que visem a tornar o organismo mais resistente a agressão dos patógenos, também são exemplos de medidas profiláticas de doenças.
VACINAÇÃO:
Um exemplo desta situação é a utilização de vacinas. O sistema imune humano reconhece alguns elementos externos e desencadeia uma reação defesa contra eles. Isto é estudado pela imunologia. No primeiro contato com um destes elementos, uma série de reações orgânicas ocorre em seqüência, demorando em geral alguns dias, até a eliminação ou neutralização do agente agressor. Num eventual segundo contato, o tempo de resposta é muito diminuído, sendo as vezes de horas. Doenças como o Sarampo e a Varicela ocorrem apenas uma vez na vida do indivíduo, já que esta resposta imunológica se mantém por tempo indeterminado. Outras doenças, como uma infecção urinária por certas bactérias, ou a malária, não desencadeiam uma resposta definitiva, podendo se repetir várias vezes na vida do indivíduo. Em outras doenças ocorre uma resposta prolongada, mas não definitiva. Difteria e tétano, são exemplos de doenças deste grupo. Quando o organismo é artificialmente exposto a uma patógeno enfraquecido ou morto, ou ainda a partes do patógeno morto, com a finalidade de preparar o organismo para o contato futuro com o agente agressor selvagem, tem-se a vacinação. Só são passíveis de vacinação as doenças que desencadeiam resposta imune prolongada ou definitiva. Uma doença que não mais existe graças a vacinação, embora seu vírus ainda exista, é a varíola. Uma doença que diminui drasticamente foi a Poliomielite, graças a uma campanha de vacinação contínua em praticamente todos os países do mundo.
EPIDEMIA
É uma alteração, espacial e temporalmente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressiva, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico estabelecido. Para ser determinada é preciso que haja vigilância e controle: coleta de dados bioestatísticos, cálculo de coeficientes, adoção de um limiar epidêmico convencionado e acompanhamento permanente da incidência através de diagramas de controle.
ABRANGÊNCIA DE EPIDEMIAS:
Podem ocorrer em um espaço definido desde um surto até uma pandemia.
SURTO EPIDÊMICO:
Ou surto, uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente limitado: colégio, quartel, edifício de apartamento, bairro,etc. (ex. série de surto: “Maria Tifosa”).
PANDEMIA:
Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações.
ASPECTOS DIFERENCIAIS DAS EPIDEMIAS:
(Não é classificatória, mas apenas didática)
a) epidemia explosiva: refere-se a velocidade do processo na primeira etapa, que é de progressão. A incidência máxima é alcançada logo após ter-se iniciado a progressão.
b) epidemia lenta: a velocidade com que a incidência máxima é atingida é lenta. (doenças de longo período de incubação, hanseníase).
c) epidemia progressiva: o critério diferenciador é a transmissão hospedeiro-a-hospedeiro, pessoa a pessoa, por via respiratória, anal, oral, genital, ou por vetores, sua progressão é lenta.( doenças transmissíveis respiratórias, DSTs, por insetos e artrópodes).
d) epidemia por fonte comum: inexistência de um mecanismo de transmissão hospedeiro-hospedeiro. O fator extrínseco (ag. Infeccioso, fatores físico-químicos ou produtos do metabolismo biológico) é veiculado pela água, alimento, ar ou introduzido por inoculação.
PODEM SER:
* Epidemia por fonte pontual (no tempo): exposição a gases tóxicos intoxicação alimentar, radiações ionizantes.
* Epidemia por fonte persistente (no tempo): febre tifóide devido a fonte hídrica contaminada por esgoto.
ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS:
São as modificações nos níveis de incidência da doença considerada
a) incidência em nível endêmico: se suas medidas caírem dentro dos limites endêmicos.
b) Incidência em nível epidêmico: se suas medidas ocorrerem na região de valores epidêmicos (acima do limite superior endêmico).
MECANISMOS QUE INTERFEREM NA INCIDÊNCIA:
A incidência de uma doença pode chegar a níveis epidêmicos através:
a) da importação e incorporação de casos imigrados;
b) contato acidental com agentes infecciosos, toxinas ou produtos químicos em populações nas quais a incidência da doença permanência nula até então;
c) A doença presente, até então controlada, assume caráter epidêmico.
A CURVA EPIDÊMICA:
a) incremento inicial de casos: o coeficiente de incidência aproxima-se do nível superior endêmico, não tem significado quando a incidência é nula ou de casos esporádicos, quando uns poucos casos já caracterizam o processo epidêmico.
b) Egressão: a incidência ultrapassa o limite superior endêmico;
c) Progressão: fase inicial do processo até o clímax;
d) Incidência máxima: a força de crescimento da epidemia se extingue devido a: diminuição do número de expostos, diminuição do número de suscetíveis, ação intencional de vigilância e controle ou processos naturais de controle.
e) Regressão: última fase na evolução de uma epidemia;
f) Decréscimo endêmico: quando o processo regride a níveis mais baixos que aqueles vigentes antes da eclosão da epidemia, pode-se pensar em erradicação teoricamente.
“A epidemia é restrita a um intervalo de tempo, marcada por um começo e por um fim, pode durar poucas horas, dias ou décadas”; contrariamente a endemia que é ilimitada.