A PROFISSÃO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA: SAIBA MAIS SOBRE SUA CARREIRA
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
020) KV E MAS E A FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA
CORRENTE MAS:É responsável pela corrente do aparelho. A corrente mAs: Fator radiográfico que representa a quantidade de raios-x, sendo também responsável pelos contrastes fortes (PRETO e BRANCO). Essa quantidade depende do Tempo usado, pois o aumento de um pode ser compensado com a diminuição do outro, daí o termo mAs (mA x tempo). O mA depende do aquecimento fornecido ao CATÓDIO (-), pois quanto maior for o aquecimento, maior será a quantidade de elétrons flutuando sobre o catodo, ou seja, maior será a nuvem eletrônica que será projetada para a superfície do ANÓDIO, produzindo assim maior quantidade de raios-x. A corrente não é calculada e sim calibrada na mesa de comando.
TENSÃO KV:É a medida de energia, medida em quilovolts. A tensão (kV): Fator radiográfico que representa a qualidade dos raios-x, sendo também responsável pelo poder de penetração dos raios-x e pelos contrastes intermediários entre o PRETO e o BRANCO (tons de Cinza). OBS: Quanto mais kV empregado, maior será o poder de penetração, ou seja, nos exames de maior espessura a radiação secundária produzida é proporcional a quilovoltagem empregada.
PRODUÇÃO DE FOCO FINO E FOCO GROSSO:É feita a partir de um circuito de baixa voltagem, gerador de tensão, que provê a corrente para o filamento; Este é aquecido até 280ºC, fazendo com que aumente a velocidade dos elétrons e, conseqüentemente, escapem de suas órbitas, transformando-os numa nuvem de elétrons livres; a partir daí, são montados 2 filamentos de tamanhos diferentes: O foco grosso (para baixas definições - osso) e o foco fino (para altas resoluções - órgão e tecidos moles em geral).
Foco Grosso
Foco Fino
GONIÔMETRO: É um aparelho que tem a função de encontrar os graus, em ângulos, para o exame radiológico.
ESPESSÔMETRO: É uma peça que tem a função de determinar a quantidade de KV a ser utilizada num exame radiológico.
VIDRO PIREX:Resiste a altas temperaturas, sua composição = 67% de SiC (silício e carbono) e 23% B2O3 (belírio e oxigênio). A ampola tem, ainda, uma janela feita de Belírio.
ORIGEM DOS RAIOS X: Os raios X se originam no foco anódico e se projetam em todas as direções. A radiação que sai do cabeçote espalha-se por áreas.
POSSÍVEIS FALHAS NO TUBO DE RAIOS X: - Temperaturas muito altas acarretam em perfurações no ânodo; - Elevadas exposições acarretam inutilização do ânodo.
EFEITO ANÓDICO:Consiste na maior concentração de energia no lado do catodo. Como conseqüência, a intensidade dos raios X é menor no lado catódico, em relação ao lado anódico. É também chamado de efeito talão.
PROCEDIMENTO PARA AUMENTAR A CAPACIDADE TÉCNICA DE UM EXAME RADIOLÓGICO:
- colimação precisa na região radiografada; - aumento do KV para exames no Bucky; - Manutenção do mAs para não exposição do paciente. INCLINAÇÃO DA BORDA DO ÂNODO:Sua utilidade é a geração do efeito anódio.
FINALIDADE DO ISOLAMENTO DO CABEÇOTE: Garantia de uma maior vida útil da ampola, além da proteção do técnico de radiologia dos efeitos da radiação.
VANTAGEM DO ISOLAMENTO DO CABEÇOTE: Sendo o óleo um isolante térmico que fica na parte externa do tubo de Raios X, há uma quebra de estabilidade da corrente e o conseqüente resfriamento do tubo, prolongando sua vida útil.
GERADOR DOS RAIOS X: O gerador de raios X fornece energia elétrica para o tubo de Raios X e permite a seleção de:
- mA = energia de raios X; - KVp = quantidade de raios X; - mAs = tempo de exposição.
PRODUÇÃO DE RAIOS X:São produzidos quando os elétrons acelerados interagem com a matéria. Assim, uma porção de energia cinética dos elétrons é convertida em radiação eletromagnética.
EFEITO EDISON:É o aquecimento que causa a emissão de um elétron. Este aquecimento é que causa a precipitação dos elétrons e os fazem saltar de suas órbitas.
INTERAÇÃO DOS ELÉTRONS E DA MATÉRIA:Eles interagem com o alvo através de uma porção de energia cinética dos elétrons, que é convertida em energia eletromagnética.
EFEITO FORREST:É a aceleração dos elétrons pela grande potência do catodo (polo negativo) para o ânodo (polo positivo).
RELAÇÃO ENTRE PONTO FOCAL E CAPACIDADE DE CARGA DO GERADOR:A seleção da força do ponto focal e a capacidade de carga do gerador de Raios X devem ser igualadas com as necessidades clínicas da imagem.
TRANSFORMADOR:É um aparelho empregado para transferir a corrente elétrica e gerar uma alta voltagem contínua. Ele opera apenas com correntes elétricas e em forma de ondas para ambos os lados. Sua função é gerar uma alta voltagem contínua.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSFORMADORES: - elevadores = têm rolamentos na bobina secundária e aumentam a voltagem de saída. - isoladores = têm o mesmo número de rolamentos nas bobinas primária e secundária.
- redutores = têm uma proporção maior em rolamentos nas bobinas e têm a função de reduzir a voltagem de saída.
RADIAÇÃO DISPERSA: É o mesmo que radiação secundária, formada pelos raios que não atravessam o objeto radiografado.
FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOLÓGICA: Quando os raios X se chocam contra o objeto, alguns atravessam e outros são absorvidos. Os raios que atravessam irão formar a imagem radiológica.
ATUAÇÃO DOS RAIOS X NOS ÁTOMOS DOS OBJETOS:Existem 2 formas de interação. Ora depositam sua energia no material radiografado; ora atravessam o objeto a ser examinado.
RAIOS PRIMÁRIOS:São aqueles que atravessam o objeto radiografado e vão formar a imagem radiológica.
RAIOS SECUNDÁRIOS: São aqueles que não atravessam o objeto radiografado.
FONTE DE RADIAÇÃO DISPERSA: A principal fonte de radiação dispersa é a parte do paciente que se irradia, pois se relaciona diretamente com o volume da matéria irradiada.
REDUÇÃO DA RADIAÇÃO DISPERSA:Pode-se reduzir a radiação dispersa através do limite do feixe primário, que deve estar no limite (tamanho e forma) da área de interesse a ser diagnosticada.
SPOT FILME:Abrange uma área pequena, na qual o técnico irá demarcar uma parte precisa a ser trabalhada. Sua função é radiografar uma área pequena em relação ao exame solicitado, ou seja, especificar ao máximo a área do exame.
DIAFRAGMA DE ABERTURA: Consiste em lâminas de chumbo com aberturas circulares ou retangulares colocadas perto da janela do tubo.
DESENFOQUE DA GRADE:Consiste no posicionamento onde o ponto focal do tubo coincida com o ponto focal da grade; e que seu raio central atravesse o centro da grade perpendicularmente.
POTTER BUCKY:É a bandeja que dissipa a radiação secundária. Ela é usada para aumentar a radiação primária emitida pela fonte.
ÍNDICE OU RAZÃO DE GRADE:É a relação entre a altura das tiras de chumbo e a largura dos espaçadores.
GRADES:São dispositivos compostos de tiras alternadas de chumbo, envolvidas em capas protetoras, que absorvem a radiação dispersa. No uso de uma grade, os itens a serem observados são: ampola, grade, paciente, distância, velocidade, movimento.
GRADE FOCADA: Consiste em tiras progressivamente anguladas. GRADE PARALELA:Consiste em tiras e grade paralela e enfocada. FATOR DE GRADE:É a relação entre a altura da lâmina e a distância entre elas.
MATERIAL ESPAÇADOR: É um material que pode ser feito de fibra ou de alumínio para uma baixa absorção de raios X. Os espaçadores transparentes permitem a passagem da maioria dos raios X primários até o filme.
OS RAIOS X E A RADIAÇÃO SECUNDÁRIA:Quando os raios X incidem sobre um objeto, a radiação secundária é maior quanto maior for a densidade do corpo atravessado.
FORMAÇÃO DE IMAGEM
Os raios X, assim como a luz visível, irradiam de fontes em linhas retas em todas as direções até que são detidos por um absorvente. Por este motivo, o tubo de raios-X está situado em um alojamento de metal que detém a maioria da radiação X. Somente uma pequena quantidade de raios úteis sai do tubo através de uma janela ou abertura. Estes raios úteis constituem o feixe primário. O centro geométrico do feixe primário é chamado de raio central. Na maioria dos equipamentos de raios-X usados em medicina, a quilovoltagem pode ser variada dentro de um amplo - comumente entre 40 kV a 125 kV ou mais. Quando as baixas quilovoltagens são usadas, os raios x têm maiores comprimento de ondas (baixa energia) e são facilmente absolvidos. Estes são algumas vezes referidos como raios X "suaves". As radiações produzidas em alta quilovoltagem têm maior energia e menor comprimento de onda. Esta radiação mais penetrante é algumas vezes chamada de radiação "dura". Feixes de raios-X usados em radiografia médica são heterogêneos porque eles consistem de radiação de diferentes comprimentos de ondas e poderes de penetração.
ABSORÇÃO DE RAIOS X
Uma das principais propriedades dos raios X é a sua capacidade de penetrar a matéria. Entretanto, nem todos os raios X que entram na matéria a penetram; alguns deles são absolvidos. Aqueles que entram formam a imagem aérea
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE RAIOS X
Estes são alguns dos fatores que influenciam na absorção da radiação X: espessura do corpo, densidade do corpo, número atômico do corpo, meios de contraste, Kilovoltagem, forma de onda de voltagem, filtragem, composição do ponto focal.
ESPESSURA DO CORPO- A relação entre a absorção de raios-X e a espessura é intuitivamente óbvia: um pedaço de material grosso absorve mais radiação X do que um pedaço fino do mesmo material. Por exemplo, seis polegadas de água absorvem mais raios X do que uma polegada.
DENSIDADE DO CORPO- Para materiais que diferem em densidades (em unidade de volume), um material de maior densidade é mais absorvente do que um de menor densidade, permanecendo os demais fatores. Por exemplo, uma polegada de água absorverá mais raios X do que uma polegada de vapor porque o vapor pesa menos por polegada cúbica do que a água.
NÚMERO ATÔMICO DO CORPO- O número atômico do material que compõe o corpo também afeta as características de absorção de raios-X. Por exemplo, uma folha de alumínio que contém um número atômico menor do que o chumbo, absorve uma quantidade menor de raios X do que uma folha de chumbo com a mesma área e peso. É por isso que se usa o chumbo em vez de alumínio como alojamento do tubo e também como um revestimento para as paredes das salas de raios-X, assim como em luvas e aventais protetores. A absorção depende do número atômico de maneira um tanto complicada que está relacionada com a energia da radiação X incidente. Assim, de duas substâncias que contêm um número atômico próximo, uma pode ser mais absorvente do a outra para raios X de determinadas energias. Entretanto, a situação pode se reverter para raios X de energias diferentes. Estas relações entre o número atômico e a energia dos raios X são fatores que entram na seleção de fósforo para écrans intensificadores fluorescente.
MEIOS DE CONTRASTE - Com o objetivo de acentuar as diferenças de absorção entre as estruturas do corpo e as regiões ao redor das mesmas, algumas vezes, meios de contraste são introduzidos a estas estruturas. Meios de contrastes são substâncias que diferem em densidade e número atômico dos tecidos ao redor da região na qual eles são introduzidos. Algumas das substâncias mais comuns usadas como meios de contrastes são: suspensões aquosa de sulfato de bário, compostos orgânicos líquidos contendo iodo e gases, tais como o ar ou o dióxido de carbono. O sulfato de bário ou o ar é usado para realçar o trato gastro-intestinal. Os vários compostos de iodo têm muitos usos, entre eles a radiografia dos sistemas vascular, urinário, linfático, ou respiratório, e o canal vertebral. Substâncias tais como o sulfato de bário, as quais absorvem mais radiação do que a área ao seu redor são conhecidas como radiopaco. Aquelas tais como o ar, que são menos absorventes do que os tecidos adjacentes, são conhecidos como radiolucente.
KILOVOLTAGEM- Raios X produzidos a baixas kilovoltagens, isto é, aqueles com grande comprimento de onda - são facilmente absorvidos. Raios X de alta energia ou Kilovoltagem, com curto comprimento de onda, penetram materiais com mais facilidade.
FORMA DE ONDA DE VOLTAGEM - Já foi dito que uma dada Kilovoltagem aplicada em um tubo de raios X por um gerador trifásico é maior do que a de um gerador monofásico por causa das diferenças de forma de onda. Assim, mudando-se de um gerador monofásico a um trifásico tem um efeito na energia média do feixe de raios X de certa forma semelhante ao aumento da quilovoltagem. O feixe trifásico contém uma maior proporção de quanta energética e mais penetrante do que o feixe produzido por um gerador monofásico funcionando com a mesma Kilovoltagem máxima. Como resultado, para um absorvente, um número relativamente maior de quanta é removida de um feixe de raios-X monofásico do que de um trifásico; isto é, a absorção em feixe monofásico é maior.
FILTRAGEM- Filtragem é a maneira preferida de se remover quanta (fótons) de baixa energia do feixe de raios X através de um absorvente (filtro). Denomina-se filtragem inerente aquela que é feita com elementos tais como a parede de vidro do tubo de raios X e pelo óleo isolante ao redor do tubo. Chama-se filtragem adicional, o filtro que consiste de uma folha de metal inserida dentro do feixe de raios X (normalmente alumínio no caso de radiografia médica). A filtragem total do feixe (inerente mais a adicionada) é muitas vezes especificada em termos de espessura de alumínio o qual produz a mesma absorção e é denominado de alumínio equivalente ou espessura equivalente. O feixe de raios X é composto de fótons de diferentes energias e poderes de penetração. , aumentando a proporção de quanta de alta energia e dando Quando um filtro é colocado dentro de um feixe, ele elimina mais fótons de baixa energia e menos penetrantes do que os fótons de alta energia. Assim pode-se dizer que os filtros endurecem o feixe de raios-X, tendo maior poder de penetração ao feixe. Mesmo em instalações de alta Kilovoltagem, o feixe contém sempre alguns raios X de baixo poder de penetração, mais é pouco provável que estes raios X de baixa energia passaram pelo corpo do paciente e formarão uma imagem útil. A maioria deles irão somente adicionar-se à dose absorvida pelo paciente. Desta forma, é desejado e obrigatório pelas leis federais que certas quantias de filtragem sejam colocadas no feixe para eliminar estes raios inúteis. A quantidade de filtragem necessária depende da Kilovoltagem usada. A filtragem pode ser especificada em termos de equivalente de alumínio (a espessura do alumínio que produziria a mesma ação de filtragem) ou em termos de camadas de meio de valor (CMV) - quer dizer, a espessura do material necessários para reduzir a intensidade do feixe pela metade do seu valor original. As agências federais , e estaduais de regulamentos e os fabricantes de equipamentos podem fornecer maiores informações a respeito dos requerimentos de filtragem.
COMPOSIÇÃO DO PONTO FOCAL- A distribuição de energia - quer dizer, a quantia relativa de radiação de baixa e alta energia - no feixe de raios-X é também afetada pelo material que compõe o ponto focal. Como já notamos, na maioria das aplicações médicas, o ponto focal do tubo de raios X é composto de tungstênio ou uma liga de rênio e tungstênio. Para algumas aplicações especiais, por exemplo a mamografia, usa-se às vezes outros materiais tais como o molibdênio. Em um dado equipamento, o feixe de raios X produzido em um ponto focal de molibdênio contém uma maior porcentagem de fótons de baixa energia, facilmente absorvidos, do que um feixe de um ponto focal de tungstênio.
ABSORÇÃO DIFERENCIAL NO CORPO HUMANO
Em se considerando as aplicações médicas dos raios X, deve se levar em conta que o corpo humano é uma estrutura complexa constituída não somente de diferentes espessuras mas também de diferentes matérias. Estas matérias absorvem os raios X em graus variáveis. Por exemplo, o osso contém elementos de número atômico maior do que o tecido macio e também a sua densidade é de certa forma maior do que o tecido macio. Por isso, o osso absorve mais raios X do que o tecido macio. Além do mais, estruturas doentes mais vezes absorvem raios X de forma diferente que os ossos e a carne normais. A idade do paciente também pode ter alguma influência na absorção. Em pessoas idosas, os ossos podem ter menor quantidade de cálcio, e por isso ter menor absorção de raios X do que em jovens. Deve-se lembrar também que a diferença na absorção do osso e do tecido macio é também alterada pela Kilovoltagem usada para fazer a radiografia. Conforme a Kilovoltagem aumenta, a diferença na absorção do osso e do tecido diminui. Conforme o feixe de raios X emerge do corpo, diferentes áreas do feixe contêm diferentes intensidades de radiação. Este tipo de intensidade resulta das diferenças em absorção que ocorrem quando o feixe passa através do corpo. Este padrão invisível ou distribuição de intensidades de raios X no espaço é referido como imagem aérea ou imagem no espaço para distingui-la da imagem radiográfica. Considere, por exemplo, as intensidades de raios X que emergem de uma parte do corpo que consiste de osso rodeado por tecido macio. Por causa de seu número atômico e densidade maior, o osso é mais absorvente do que a carne ao redor, consequentemente, a intensidade do feixe através do osso é menor do que a intensidade do feixe através do tecido macio sozinho.
CONTRASTE DO SUJEITO
A relação entre intensidade de raios X que emerge de uma parte de um objeto e uma intensidade que emerge de uma parte próxima mais absorvente é chamada de contraste do sujeito ou da radiação. Por exemplo, se a intensidade da carne for três vezes maior do que a intensidade na área do osso, o contraste do sujeito deverá ser 3. O contraste do sujeito depende de sua própria natureza (diferença de espessura, e de composição), qualidade da radiação, (Kilovoltagem, voltagem da forma de onde, filtragem e material do ponto focal), em outras palavras, ele depende dos fatores que afetam a absorção dos raios X, assim como também a intensidade e distribuição da radiação dispersa. Entretanto, o contraste do sujeito é independente do tempo de exposição, Miliamperagem, das características e tratamento do filme e, para os objetivos práticos, da distância. (De um ponto de vista prático, a Miliamperagem usada pode afetar a Kilovoltagem real produzida por um aparelho de raios X, assim, influenciando até certo ponto o contraste do sujeito.)
FATORES DE EXPOSIÇÃO QUE AFETAM A IMAGEM AÉREA
Alguns fatores de exposição que afetam a imagem aérea (isto é, o padrão de intensidade de raios X que emerge do corpo) são : Miliamperagem, distância, Kilovoltagem e forma de onda de voltagem.
MILIAMPERAGEM- Aumentando-se a Miliamperagem aumenta-se a intensidade de raios X, e diminuindo a Miliamperagem diminui-se a intensidade de raios X. Desta forma, conforme a Miliamperagem ou a intensidade da radiação X do ponto focal aumenta, todas as intensidades correspondentes ao padrão que emergem do corpo também aumentam, isto é, as diversas intensidades de raios X continuam a manter a mesma relação entre si. Por exemplo, consideraremos que no inicio são medidas três unidades de intensidade de raios X sob a carne, e somente uma unidade emerge sob o osso. Depois consideraremos que a Miliamperagem que flui através do tubo de raios X seja dobrada, resultando em uma duplicidade da produção do raios-X. Isto por sua vez dobra as intensidades que emergem da carne somente em seus unidades e sob o osso em duas unidades, mantendo uma relação de 3:1 em contraste do sujeito, a mesma que antes da Miliamperagem ter sido dobrada. Em outras palavras a intensidade sob a carne somente vai ser sempre três vezes maior do que a sob o osso, não importa se a Miliamperagem seja aumentada ou diminuída, permanecendo os demais fatores.
DISTÂNCIA- As intensidades de raios X na imagem aérea podem também ser alteradas uniformemente de outra forma: colocando o tubo longe ou perto do objeto. Em outras palavras, a distância entre o tubo e o objeto tem um efeito na intensidade da imagem. Isto pode ser facilmente demonstrado: num quarto escuro, coloque uma lanterna perto desta página; quanto mais perto do livro está a luz, mais claramente iluminada é a página. Exatamente o mesmo processo ocorre com os raios X. Conforme a distancia entre o objeto e a fonte de radiação diminui, a intensidade de raios X no objeto aumenta, e conforme a distancia aumenta, a intensidade da radiação no objeto diminui. Tudo isto acontece devido ao fato de que tantos os raios X quanto a luz viajam em linhas retas divergentes. O efeito da mudança na distância é similar ao da mudança da Miliamperagem. Em outras palavras, o contraste do sujeito não é afetado pelas mudanças nas distâncias. Deve-se mencionar que em se mudando a distância, deve-se considerar o efeito que isto pode ter na borrosidade da imagem e em exposição não qual se usa uma grade difusora para reduzir a dispersão de radiação. Pode-se calcular aritmeticamente a quantia da intensidade geral da imagem quando se modifica a Miliamperagem ou distância.
KILOVOLTAGEM E FORMA DE ONDA DA VOLTAGEM- Previamente foi demonstrado que por causa das diferenças na forma de onda da voltagem, o efeito da mudança de um gerador monofásico a um trifásico é a mesma que um aumento na Kilovoltagem e vice-versa. Desta forma, o efeito nas mudanças de forma de onda no contraste do sujeito e na intensidade, energia e poder de penetração dos raios X é similar às mudanças em Kilovoltagem tratadas a seguir. Uma mudança na Kilovoltagem causa diversos efeitos. Em primeiro lugar, uma mudança na Kilovoltagem resulta em uma mudança no poder de penetração dos raios X, e a intensidade total do feixe também é modificada. Esta mudança na intensidade ocorre mesmo que a corrente do tubo não seja alterada. Além do mais, mudando-se a Kilovoltagem, muda-se também o contraste do sujeito. Quanto a Kilovoltagem é incrementada produz-se radiação com menor comprimento de onda e raios X mais penetrantes são produzidos. (O poder de penetração de feixe aumenta). Também, todos os comprimentos de onda presentes no feixe de baixa Kilovoltagem estão presentes na alta Kilovoltagem e em intensidade muito maior (a intensidade total do feixe aumenta). Resumo - Com o propósito de revisar os fatores de exposição que afetam a imagem aérea, deve-se lembrar os seguintes pontos:
1. A intensidade da imagem aérea é afetada por quatro fatores : Miliamperagem, distância, Kilovoltagem e forma de onda.
2. Quando a Miliamperagem ou distância é usada como um fator de controle de intensidade, o contraste do sujeito não é afetado.
3. Quando a Kilovoltagem ou forma de onda é modificada, altera-se não somente a intensidade dos raios X, mas também o contraste do sujeito. Aumentando-se a Kilovoltagem ou mudando-se de um gerador monofásico a um trifásico diminui o contraste do sujeito; diminuindo-se a Kilovoltagem ou mudando-se de um gerador trifásico para um monofásico aumenta-se o contraste do sujeito.
EFEITO DE TALÃO (efeito anódico)
Até este ponto assumiu-se que a intensidade de radiação na totalidade da área coberta pelo feixe que entra no paciente é constante. Isto não é verdade. Na realidade, há uma variação na intensidade devido ao ângulo no qual os raios X emergem a partir do material do ponto focal . Aqueles raios X que viajam em ângulos quase paralelos da face do ponto focal tendem a ter trajetos maiores, mais absorventes no material do ponto focal e também tem mais probabilidades de serem bloqueados por irregularidades da superfície do que a radiação que emerge em ângulos maiores da face do ponto focal. Esta variação em intensidade através do feixe dos raios X associada com o ângulo da emissão dos raios X do ponto focal é chamada de efeito de talão (efeito anódico). A intensidade do feixe diminui bastante a partir do raio central em direção ao extremo anódico do tubo e aumenta levemente em direção ao extremo catódico. O efeito de talão , efeito anódico, aumenta conforme o ângulo do ânodo diminui. O efeito de talão pode ser usado para obter densidade equilibradas em radiografias das partes do corpo que diferem em absorção. Por exemplo, em radiografias das vértebras torácicas, a área cervical fina deve receber a menor intensidade de radiação da porção do ânodo do feixe enquanto que a área grossa do peito deve ser exposto a uma radiação mais intensa da porção do cátodo do feixe. Devido a intensidade do feixe de raios X ser mais uniforme perto do raio central, o efeito de talão é menos notado quando só se usa a porção central do feixe, Este seria o caso quando a distância do receptor de fonte-imagem (SID), quer dizer, a distancia do ponto de foco-filme, é maior ou quando dispositivos limitadores de feixe reduzem a área do feixe de raios x, por exemplo, quando se expõe um filme pequeno. Filtros de Espessura Variável - Deve-se mencionar um outro método de se obter densidades equilibradas em radiografia: o uso de filtros de espessura variável. Se colocarmos um filtro cuneiforme ou afilado dentro do feixe de raios X, ele produzirá uma maior redução na intensidade sob a extremidade grossa do que sob a extremidade fina. Esta mudança na distribuição de intensidade pode ser usada para obter densidades equilibradas em radiografias de estruturas anatômicas as quais variam em espessura, tais como o pé ou o peito. Isto se obtém através da orientação adequada do filtro com respeito à estrutura.
GEOMETRIA DA FORMAÇÃO DE IMAGEM - O objetivo de uma radiografia é o de obter imagens as mais exatas quanto possível. Os dois fatores que afetam esta nitidez são o grau de borrosidade e o tamanho da imagem.
BORROSIDADE GEOMÉTRICA E AMPLIFICAÇÃO- Pegue uma lâmpada pequena, clara tal como a de 7 watts e coloque-a a uns 90 centímetros da parede, acenda-a e coloque sua mão a uns 5 centímetros da parede. Note que a sombra produzida por esta pequena fonte de luz é quase que do mesmo tamanho da sua mão e que os contornos são bem definidos. Agora mova sua mão em direção à luz, observe como a sombra se torna maior e os contornas mais turvos. Em seguida, substitua a pequena luz por um bulbo fosco e note que os contornos da sombra ficam um pouco turvo mesmo quando sua mão está perto da parede. A borrosidade é causada por uma fonte de luz maior. Novamente, mova sua mão em direção à luz e veja como a sombra se torna maior e a borrosidade aumenta. Finalmente, mantenha a sua mão a uma distância fixa da parede e mova a fonte de luz para perto de sua mão. Perceba como a sombra aumenta em tamanho e o seu contorno parece mais borroso. Uma vez que a imagem aérea do raios-X é também uma sombra do objeto, estes mesmos princípios de formação de sombra são aplicados em radiografia. Quanto menor for a fonte de radiação (ponto focal), quanto mais perto estiver o objeto do plano receptor de imagem (filme) e quanto mais longe estiver o objeto da fonte, menos borrosa e mais nítida é a imagem. Por outro lado, quando maior a fonte de radiação, mais longe estiver o objeto do plano receptor de imagem, e mais perto da fonte estiver o objeto, maior é a borrosidade e a amplificação.
DISTORÇÃO - Se o ponto focal não estiver verticalmente acima do objeto, ele produzirá uma amplificação da imagem, mas a sombra continuará sendo circular. Os objetos circulares aparecem como sombras circulares. Se eles não forem paralelos, a sombra será distorcida. A distorção e a amplificação podem muitas vezes serem úteis quando elas tornam fáceis examinar estruturas que de outra maneira seriam obscuras. Em radiografia, não somente a sombra da ponta de um objeto, mas todas as sombras das suas estruturas estão envolvidas porque os raios X penetram o objeto. Os mesmos princípios se aplicam tanto para as sombras de estruturas internas como para as bordas. Por exemplo, se uma destas estruturas internas estiver mais afastada do plano receptor de imagem do que uma outra, a estrutura que estiver mais afastada será menos nítida e mais amplificada. Esta informação pode ser útil no estabelecimento da posição de uma lesão. RESUMO - Esta discussão sobre a geometria da formação da imagem pode ser resumida em cinco regras para a exata formação da imagem, como se segue:
1. O ponto focal dever ser o menor possível. 2. O receptor de imagem, filme, deve estar o mais perto possível do objeto a ser radiografado.
3. A distância entre o tubo de raios X e o objeto a ser examinado dever ser a maior possível.
4. De modo geral, o raio central deve ser perpendicular ao filme para gravar estruturas adjacentes em suas verdadeiras relações espaciais.
5. Conforme possível, o plano de interesse no objeto dever ser paralelo ao filme. Um outro fator que contribui para a borrosidade da imagem é o movimento. MOVIMENTO- O movimento, tanto das estruturas sendo radiografadas quanto do equipamento de exposição, podem causar severa borrosidade da imagem. Quanto possível, a parte que está sendo examinada deve ser imobilizada. O tempo de exposição também dever ser o mais curto possível de maneira a diminuir a borrosidade causada pelo movimento.
Os exames radiográficos utilizam raios-X; neste, o feixe de raios-X, transmitido através do paciente, impressiona o filme radiográfico, o qual, uma vez revelado, proporciona uma imagem que permite distinguir estruturas e tecidos com propriedades diferenciadas. Durante o exame radiográfico os raios-X interagem com os tecidos através do efeito fotoelétrico e Compton. Em relação à probabilidade de ocorrência destes efeitos, obtêm-se imagens radiográficas que, mostram tonalidades de cor cinza bem diferenciadas; conforme a densidade, tudo o que está dentro do corpo surge em uma cor diferente numa radiografia. Nos ossos, a radiografia acusa fraturas, tumores, distúrbios de crescimento e postura. Nos pulmões, pode flagrar da pneumonia ao câncer. Em casos de ferimento com armas de fogo, ela é capaz de localizar onde foi parar o projétil dentro do corpo. Para os dentistas, é um recurso fundamental para apontar as cáries. Na densitometria óssea, os raios-X detectam a falta de mineral nos ossos e podem acusar a osteoporose, comum em mulheres após a menopausa. Na radiografia contrastada, é possível diferenciar tecidos com características bem similares, tais como os músculos e os vasos sangüíneos, através do uso de substâncias de elevado número atômico (Iodo ou o Bário). Ainda, os raios-X possibilitaram o surgimento de exames como a tomografia axial computadorizada (TAC) que, com ajuda do computador, é capaz de fornecer imagens em vários planos, de forma rápida e precisa, utilizando quantidades mínimas de radiação.
Aparelho para Ecografia ou Ultra-Sonografia II
O QUE É ECOGRAFIA OU ULTRASSONOGRAFIA ?
A ultrassonografia, ou ecografia, é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Os aparelhos de ultra-som em geral utilizam uma freqüência variada dependendo do tipo de transdutor, desde 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal piezo elétrico que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, que são interpretados através da computação gráfica. Quanto maior a frequência maior a resolução obtida. Conforme a densidade e composição das estruturas a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos.
A ultrassonografia permite também, através do efeito Doppler, se conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. Por não utilizar radiação ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é um método inócuo, barato e ideal para avaliar gestantes e mulheres em idade procriativa. A ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis e oblíquos, de aplicação relativamente simples e com baixo custo operacional. A partir dos últimos vinte anos do século XX, o desenvolvimento tecnológico transformou esse método em um instrumento poderoso de investigação médica dirigida, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do usuário. CARACTERÍSTICAS: Esta modalidade de diagnóstico por imagem apresenta características próprias: -É um método não invasivo ou minimamente invasivo.
-Apresenta a anatomia em imagens seccionais ou tridimensionais, que podem se adquiridas em qualquer orientação espacial.
-Não possui efeitos nocivos significativos dentro das especificações de uso diagnostico na medicina.
-Não utiliza radiação ionizante.
-Possibilita o estudo não invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler. -Permite a aquisição de imagens dinâmicas, em tempo real, possibilitando estudos do movimento das estruturas corporais. O método ultra-sonográfico baseia-se no fenômeno de interação de som e tecidos, ou seja, a partir da transmissão de onda sonora pelo meio, observamos as propriedades mecânicas dos tecidos. Assim, torna-se necessário o conhecimento dos fundamentos físicos e tecnológicos envolvidos na formação das imagens do modo pelo qual os sinais obtidos por essa técnica são detectados, caracterizados e analisados corretamente, propiciando uma interpretação diagnóstica correta.
Além disso, o desenvolvimento contínuo de novas técnicas, a saber: o mapeamento Doppler, os meios de contraste, os sistemas de processamento de imagens em 3D, as imagens de harmônicas e a elastometria exigem um conhecimento ainda mais amplo dos fenômenos físicos.
A ultrassonografia pode contribuir como auxílio no diagnóstico médico e veterinário, sendo sua aplicação mais ampla atualmente em seres humanos. Pode acompanhar durante a gravidez o bebê desde seus primórdios ao nascimento, avaliando aspectos morfofuncionais. Permite ainda a orientação de processos invasivos mesmo antes do nascimento. Interage e auxilia a todas as demais especialidades médicas e cada vez mais firma-se como um dos pilares do diagnóstico médico na atualidade.
Aparelho para Tomografia Computadorizada I
O QUE É TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ?
A tomografia computadorizada ou computorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada / computorizada (TAC), é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X.
PRINCÍPIOS FÍSICOS:
A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar). Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).
PROCEDIMENTO:
Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado. Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando, portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja, multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.
CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS TOMOGRÁFICAS:
Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas. O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica. O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0, 023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria. Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos. A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:
zero unidades Hounsfield (0 HU) é a água,
ar -1000 (HU),
osso de 300 a 350 HU;
gordura de –120 a -80 HU;
músculo de 50 a 55 HU.
As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.
Numa janela define-se a abertura da mesma, ou seja, qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela. O uso de diferentes janelas em tomografia permite, por exemplo, o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo. As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio, ou seja, é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tridimensionais.
Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.
Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).
VANTAGENS E DESVANTAGENS:
VANTAGENS: A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida. Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%. Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor. DESVANTAGENS: Uma das principais desvantagens da TC é devida ao fato de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível, sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado com cuidado os riscos e os benefícios. Apesar da radiação ionizante X, o exame tornasse com o passar dos anos o principal metodo de diagnostico por imagem, para avaliação de estruturas anatômicas com densidade significativa. O custo do exame não é tão caro como outrora, se comparado ao raios x convencional. Oferecendo ao profissional medico um diagnostico rápido e cada vez mais confiável.
Aparelho para Densitometria Óssea I
O QUE É DENSITOMETRIA ÓSSEA ?
A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo.
Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico. O técnico do sexo feminino pode trabalhar mesmo estando grávida.
As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral.
Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e conseqüente predição do índice de fratura óssea. Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo.
É recomendado que se repita anualmente a densitometria óssea para que o médico controle o acompanhamento evolutivo da osteoporose.
O objetivo de se fazer uma densitometria óssea é avaliar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. O paciente não necessita de preparo especial e nem de jejum. O exame leva aproximadamente 15 minutos. A osteoporose pode ser controlada, desde que o médico possa precisar o real estado de saúde do paciente.
Aparelho para Mamografia I
O QUE É MAMOGRAFIA ?
A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.
Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x, para obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário.
É o exame das mamas realizado com baixa dose de raios X em mulheres assintomáticas, ou seja, sem queixas nem sintomas de câncer mamário. A mama é comprimida rapidamente enquanto os raios x incidem sobre a mesma. Pode incomodar se for realizado quando as mamas estiverem dolorosas (por exemplo: antes da menstruação). Assim, deve ser feito cerca de uma semana após a menstruação. A imagem é interpretada por um radiologista especialmente treinado para identificar áreas de densidades anormais ou outras características suspeitas. O objetivo da mamografia é detectar o câncer enquanto ainda muito pequeno, ou seja, quando ele ainda não é palpável em um exame médico ou através do auto-exame realizado pela paciente. Descobertas precoces de cânceres mamários através da mamografia aumentam muito as chances de um tratamento bem-sucedido. Um exame anual de mamografia é recomendado para todas as mulheres acima de 40 anos. Resultados registrados pela American Câncer Society, em uma recente avaliação em oito clínicas escolhidas aleatoriamente, demonstraram que houve 18% menos mortes em decorrência de câncer mamário entre mulheres com 40 anos ou mais que haviam feito mamografia periodicamente. Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e a possibilidade do tratamento do câncer mamário são muito significativos, compensando o risco mínimo da radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem durante o exame.
Aparelho de Ressonância Magnética I
O QUE É RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ?
Ressonância magnética é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do espectro eletromagnético, caracterizando-se como sendo uma espectroscopia. Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso se dá necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada. Em espectroscopia, o processo de ressonância magnética é similar aos demais. Pois também ocorre a absorção ressonante de energia eletromagnética, ocasionada pela transição entre níveis de energia rotacionais dos núcleos atômicos, níveis estes desdobrados em função do campo magnético através do efeito Zeeman anômalo. Como o campo magnético efetivo sentido pelo núcleo é levemente afetado (perturbação essa geralmente medida em escala de partes por milhão) pelos débeis campos eletromagnéticos gerados pelos elétrons envolvidos nas ligações químicas (o chamado ambiente químico nas vizinhanças do núcleo em questão), cada núcleo responde diferentemente de acordo com sua localização no objeto em estudo, atuando assim como uma sonda sensível à estrutura onde se situa.
MAGNETISMO MACROSCÓPICO E MICROSCÓPICO:
O efeito da ressonância magnética nuclear fundamenta-se basicamente na absorção ressonante de energia eletromagnética na faixa de freqüências das ondas de rádio. Mais especificamente nas faixas de VHF.
Mas a condição primeira para absorção de energia por esse efeito é de que os núcleos em questão tenham momento angular diferente de zero. Núcleos com momento angular igual a zero não tem momento magnético, o que é condição indispensável a apresentarem absorção de energia eletromagnéticas. Razão, aliás, pertinente a toda espectroscopia. A energia eletromagnéticas só pode ser absorvida se um ou mais momentos de multipolo do sistema passível de absorvê-la são não nulos, além do momento de ordem zero para eletricidade (equivalente à carga total). Para a maior parte das espectroscopias, a contribuição mais importante é aquela do momento de dipolo. Se esta contribuição variar com o tempo, devido a algum movimento ou fenômeno periódico do sistema (vibração, rotação, etc), a absorção de energia da onda eletromagnéticas de mesma freqüência (ou com freqüências múltiplas inteiras) pode acontecer. Um campo magnético macroscópico é denotado pela grandeza vetorial conhecida como indução magnética B (ver Equações de Maxwell). Esta é a grandeza observável nas escalas usuais de experiências, e no sistema SI é medida em Tesla, que é equivalente a Weber/m3.
Em nível microscópico, temos outra grandeza relacionada, o campo magnético H, que é o campo que se observa a nível microscópico. No sistema SI é medido em Ampere/m. Rigorosamente, núcleos não apresentam spin, mas sim momento angular (exceção feita somente ao núcleo do isótopo 1 do hidrogênio, que é constituído por um único próton). Embora o spin possa ser considerado um momento angular, por terem ambos as mesmas unidades e serem tratados por um formalismo matemático e físico semelhante, nem sempre o oposto ocorre. O spin é intrínseco, ao passo que objetos compostos tem momento angular extrínseco. Contudo, motivos históricos e continuado costume levaram a esse abuso de linguagem, tolerado e talvez tolerável em textos não rigorosos. Um motivo a mais de complicação é o fato de que a moderna física de partículas considerar que certas partículas, antes pensadas como elementares (e, portanto possuindo spin), sejam compostas (próton e nêutron compostos de quarks). Assim, fica um tanto impreciso o limite entre os casos onde se deva usar o termo spin e os casos onde se deva usar o termo momento angular.
Aparelho de Radioterapia I
O QUE É RADIOTERAPIA ?
Radioterapia é uma especialidade médica focada no tratamento oncológico utilizando radiação. Há duas maneiras de utilizar radiação contra o câncer: Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares; e
Braquiterapia: que é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
RADIOTERAPIA EXTERNA:
É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do tumor. Nesse caso, a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 1 cm a 1m da região a ser tratada. Os equipamentos utilizados na teleterapia podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia.
EQUIPAMENTOS DE QUILOVOLTAGEM:
São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de câncer de pele. Nesse tratamento o paciente é submetido a doses de 300 rad (3Gy) até atingir um total de 6000 rad (60 Gy).
EQUIPAMENTOS DE MEGAVOLTAGEM:
Nessa classe se situam os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. Num caso típico em que os elétrons atingem uma energia de 22 MeV, a dose máxima devida a raios X ocorrerá entre 4 e 5 cm de profundidade, decresce para 83% a 10 cm e para 50% a 25 cm. Portanto na terapia de tumores nos órgãos mais profundos como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc. BRAQUITERAPIA:
A Braquiterapia é uma forma de radioterapia na qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. Materiais radioativos, geralmente pequenas cápsulas, são colocadas junto ao tumor liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os órgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante.