PASSO A PASSO DO CATETERISMO CARDÍACO:
O que é: Exame cardiológico realizado na sala de hemodinâmica para diagnosticar ou tratar problemas cardiológicos. O Paciente e os médicos operadores vestem roupas esterilizadas.
A Equipe: Composta de um a dois médicos Hemodinamicistas, técnico de Rx e enfermagem especializada, todos, especialmente treinados em procedimentos intervencionistas.
O Preparo: Fazer jejum de 4 horas antes do exame só suspender o uso de medicamentos sob orientação médica e se necessário procurar repousar no período que antecede ao exame e evitar o consumo de bebidas e estimulantes
Como é: O procedimento tem uma duração de 20 a 50 minutos, conforme o tipo de exame o Paciente é colocado sobre a mesa de exame e a partir daí é monitorado continuamente os seus batimentos cardíacos, pelo eletrocardiograma feito assepsia local (braço ou virilha), o Paciente é coberto com roupas esterilizadas deixando exposto apenas o local por onde o médico opera após anestesia local, é feito uma pequena incisão local, para o acesso à veia e/ou artéria por onde é introduzido os cateteres o exame é indolor, isto é, durante a progressão do cateter em vasos sangüíneos e até mesmo no coração, o Paciente não sente dor durante a injeção de contraste, alguns Pacientes relatam que sentem uma onda de calor passageira.
A Recuperação: Após o exame, o Paciente permanece no repouso que varia de 30 minutos ou mesmo a internação, se necessário recebendo alta para sua residência deve manter repouso leve não dobrar o local da incisão, no braço ou na virilha, por um período de 6 horas o primeiro curativo basta retirá-lo no dia seguinte após limpeza local, trocar diariamente o curativo. Fazer curativo leve. ingerir líquidos em maior quantidade no período pós-exame retirar os pontos depois de 7 dias
Da Indicação:
Cateterismo Cardíaco: Método em que se punciona ou disseca uma veia ou artéria periférica e se introduz um tubo fino e flexível, chamado cateter até os grandes vasos e o coração, com a finalidade de se analisar dados FISIOLÓGICOS (pressões cavitárias, obter amostras de sangue para dosagem do oxigênio), FUNCIONAIS (débito cardíaco, volumes ventriculares) e ANATÔMICOS (trajeto de cateter e injeção de contraste). Apesar da história e do exame físico do paciente, eletrocardiograma, Rx, prova de esforço, medicina nuclear e ecocardiograma, etc., fornecerem consideráveis dados sobre a função cardíaca, o cateterismo cardíaco utilizando as várias técnicas acima descritas é usado para se obter a maior quantidade de informações possíveis com o objetivo de se conseguir um diagnóstico exato e, assim, decidir qual o tratamento mais adequado.
Cateterismo Cardíaco Diagnóstico: Quando o procedimento visa apenas o diagnóstico e a quantificação de lesões quando presente.
Cateterismo Cardíaco Direito: Quando se utiliza uma veia do braço ou da perna, progredindo-se o cateter até a veia cava superior ou inferior, átrio direito, ventriculo direito, tronco e ramos da artéria pulmonar e leito distal da circulação pulmonar para registro de pressão "capilar".
Cateterismo Cardíaco Esquerdo: Também chamado de cateterismo cardíaco retrógrado, em que se utiliza uma artéria periférica e se progride o cateter sob visão direta fluoroscópica até a raiz da aorta e cavidade ventricular esquerda.
Cateterismo Cardíaco Terapêutico: Quando o procedimento visa o tratamento de um defeito cardíaco.
A IMPORTÂNCIA DA CORONARIOGRAFIA
Antes de falarmos sobre a coronariografia e sua importância, necessário se faz conceituar alguns tópicos para melhor compreender o seu significado. Os termos cineangiocoronariografia, cinecoronariografia e coronariografia têm o mesmo significado.
O coração é um órgão composto basicamente do músculo cardíaco, artérias, veias, válvulas e o sistema elétrico que controla o ritmo cardíaco. O coração pulsa em torno de 70 vezes por minuto ou 100.800 vezes ao dia, bombeando o sangue para todo o organismo.
Todos os componentes do coração são importantes, mas para o exercício desta fundamental função de bomba ele necessita de um sistema de irrigação que forneça todos os nutrientes para o músculo cardíaco, representado pela circulação coronária. É fácil entender, então, que a redução ou a interrupção do fluxo sangüíneo através da árvore coronária determinará graus variáveis de isquemia miocárdica e em conseqüência disso o comprometimento do músculo cardíaco.
Várias são as causas que podem determinar a formação de placas na luz do vaso e conseqüente obstrução do fluxo coronário, a saber:
- diabetes;
- taxas elevadas de colesterol e triglicérides;
- antecedente familiar próximo com histórico de infarto do miocárdio;
- obesidade;
- hipertensão;
- estresse;
- sedentarismo e
- hábitos alimentares inadequados.
Todos sabemos a importância das medidas preventivas que podem ser tomadas para impedir ou retardar o desenvolvimento dessas lesões, não só coronárias mas em todo o sistema cardiovascular
A redução do fluxo coronário em graus variáveis se manifesta clinicamente sob diferentes formas de apresentação:
- os assintomáticos;
- a angina estável de evolução crônica que se exacerba na vigência de esforços físicos e emoções;
- as síndromes coronárias agudas;
- o infarto agudo do miocárdio e
- até mesmo a morte súbita do indivíduo. Cerca de 300.000 pessoas morrem por ano no Brasil vitimadas por doenças cardiovasculares, matando mais que o câncer e os acidentes de trânsito, ressaltando-se que a grande maioria é de pessoas que estão exatamente em plena fase produtiva.
Dentro deste contexto aqui colocado, a coronariografia é considerada como o padrão ouro dos exames na definição da anatomia coronária. Consiste na visualização angiográfica dos vasos coronários após a injeção seletiva de substância contrastante. As imagens assim obtidas podem ser arquivadas em meios analógicos ou digitais, permitindo posteriormente uma análise detalhada qualitativa e quantitativa. A coronariografia permitiu o desenvolvimento seguro da cirurgia de revascularização miocárdica na década de 60, assim como a angioplastia coronária percutânea propiciou, na década de 70, o desenvolvimento e aperfeiçoamento de várias técnicas de intervenção percutânea.
Para a execução do exame é necessário o manuseio de instrumental dentro do sistema cardiovascular e, no entanto, o método apresenta baixa morbidade, baixa mortalidade e excelente confiabilidade, tendo como respaldo profissionais capacitados e equipamento de excelente resolução de imagens, como o desta instituição.
Há contra-indicações para o procedimento?
Aceita-se que a única contraindicação absoluta para a realização da coronariografia é a total recusa do paciente em permitir o exame ou, no impedimento deste, a recusa de seus familiares. Todas as outras contraindicações podem ser consideradas relativas mesmo na presença de insuficiência renal, acidente vascular cerebral recente, sangramento gastrointestinal, infecção ativa, febre de origem indeterminada, anemia severa, hipertensão arterial não controlada, reações prévias importantes aos contrastes radiológicos, recusa do paciente por tratamento definitivo como a cirurgia ou angioplastia, intoxicação digitálica, pequena expectativa de vida, severa coagulopatia e endocardite da valva aórtica.
Quando é indicado o estudo cineangiocoronariográfico?
A coronariografia está indicada dentro dessa ampla gama de variáveis clínicas:
* Na presença ou suspeita de doença arterial coronária:
- em pacientes assintomáticos
- na avaliação de dor precordial atípica
- na suspeita de espasmo coronário
- na angina estável
- na angina instável
* No infarto agudo do miocárdio:
- na fase aguda
- na fase hospitalar
- na convalescença
- na fase tardia
* Nas valvopatias adquiridas
* Na investigação da insuficiência cardíaca
* Na presença de arritmias cardíacas a serem esclarecidas
* No estudo de cardiopatias congênitas e
* Em situações especiais