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O QUE É RADIOLOGIA?


A PROFISSÃO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA: SAIBA MAIS SOBRE SUA CARREIRA

sábado, 11 de outubro de 2008

458) RADIOLOGIA - TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA



TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 

EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


  1. INTRODUÇÃO E CURIOSIDADES SOBRE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

  1. 1.1 COMO FUNCIONA UM EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA? 

  2. Os tecidos do corpo humano são compostos por diminutas partículas chamadas átomos. Através da associação destes são formados órgãos, que apresentam densidades diferentes. Através da diferença entre densidades os raios x passam pelo corpo, são atenuados e coletados. Um sistema computadorizado coleta estes dados e os transforma em imagem.

  1. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Utiliza estas informações para construir imagens que aparecem num monitor de TV. As imagens assim obtidas podem ser registradas em filmes que juntamente com o laudo são entregues ao paciente que por sua vez os encaminha ao seu médico.

  1. HÁ QUANTO TEMPO A RM VEM SENDO UTILIZADA? 

  2. Embora Químicos e físicos venham utilizando os princípios básicos da RM desde a década de 1950, somente no início dos anos 80 é que a TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA passou a ser aprovada nos USA para as primeiras investigações clínicas com pacientes.

  1. O QUE O PACIENTE DEVE SABER SOBRE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA?

  2. Imagens por tomografia computadorizada é um método diagnóstico por imagem indolor, rápido e de baixo custo, que utiliza radiações ionizantes de uma forma controlada, sendo, portanto um meto seguro para a investigação clinica.

  1. A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PODE PRODUZIR IMAGENS EM TODOS OS PLANOS DO CORPO? 

  2. Mostrando o que está acontecendo nos órgãos ou tecidos do paciente. Ela utiliza: - a passagem dos raios x pelo corpo e um avançado computador. O gantry é bastante amplo e confortável e envolve o paciente durante o exame. Através de reconstruções multi-planares baseadas em cortes de até 0,5 mm, é possível a reconstrução em todos os planos.

  1. POR QUE A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É IMPORTANTE? 

  2. Porque ela pode oferecer um diagnóstico rápido e eficiente, permitindo um tratamento precoce e seguro das doenças.


  3. AS IMAGENS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SÃO EXTREMAMENTE PRECISAS? 

  4. Imagens por tomografia computadorizada utilizam a mais avançada tecnologia disponível ao ser humano, capaz de propiciar exames bastante precisos de qualquer parte do corpo sem riscos para o paciente, como já foi dito. Isso se deve a elevada sensibilidade do aparelho e às informações obtidas pelo sistema de computadores que trabalham em conjunto durante a realização do exame.


  5. APLICAÇÕES DA RESSONÂNCIA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Dada a grande sensibilidade da TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, ela é especialmente valiosa para ajudar a diagnosticar:


  6. DOENÇAS DOS ÓRGÃOS E ARTICULAÇÕES As imagens são tão precisas que podem fornecer também o diagnóstico diferencial das lesões do fígado, baço, pâncreas, rins, glândulas adrenais com detalhes anatômicos das articulações obtidas através da TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA faz deste o melhor exame para as doenças osteoarticulares.

  1. PERTURBAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO - Esclerose múltipla pode ser detectada em suas fases iniciais.- Tumores do sistema nervoso central são facilmente localizados.
  2. - Doenças da base do encéfalo.
  3. - Doenças do interior da medula ou ao redor dela.
  4. - Doenças da coluna com envolvimento do sistema nervoso.
  5. - Hidrocefalias. 
  6. - Lesões da hipófise.
  7. - Lesões dos nervos cranianos.
  8. - Doenças congênitas, e tomografia computadorizada.


  9. DOENÇAS VASCULARES CEREBRAIS Os novos programas dos aparelhos de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA permitem a avaliação das artérias do pescoço (artérias carótidas e vertebrais) e do cérebro sem o uso do contraste.


  10. CÂNCER 

  11. A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser utilizada para detectar precocemente o câncer nos diferentes tecidos e órgãos. Preparação para um exame de ressonância magnética Em casa Relaxe apenas e siga sua rotina normalmente. Alimente-se como de costume e tome seus remédios habituais.


  12. ORIENTAÇÕES AO PACIENTE AO REALIZAR O EXAME

  13. - Será questionado sobre o motivo do seu exame.
  14. - Será informado sobre o procedimento (exame).
  15. - Deverá remover todos os objetos metálicos tais como joias prendedores de cabelo, óculos, perucas (se houver clipes de metal) e dentaduras móveis.
  16. - Será questionado sobre a alergia a frutos do mar, esmalte, uso de medicamentos e principalmente de reações e sensibilidade ao iodo.
  17. - O paciente irá receber um avental especialmente para o exame.


  18. O PROCEDIMENTO DO EXAME 

  19. Embora o equipamento possa causar apreensão não há necessidade de ter medo. É importante apenas permanecer quieto e relaxado durante a execução do exame. Os movimentos podem atrapalhar a aquisição dos dados pelo computador e produzir artefatos que produzirão imagens de má qualidade.

  1. ASSIM QUE O EXAME COMEÇAR 

  2. A mesa examinadora, na qual você permanecerá deitado, deslizará suavemente para dentro do gantry, o qual fornecerá as condições técnicas adequadas para que o exame possa ser iniciado. As imagens serão obtidas com o deslocamento da mesa, em movimentos sincronizados.


  3. DURANTE O EXAME 

  4. O operador irá manter comunicação verbal com o paciente, orientando sobre a sequência do exame, bem como sobre a injeção do agente de contraste. O aparelho não irá induzir calor ou fornecer barulho na sala de exame.


  5. QUANDO O EXAME TERMINA 

  6. O paciente é retirado da mesa e poderá regressar normalmente para sua casa, para o seu trabalho ou escola. O exame não interfere na rotina de sua vida. Reações sobre o meio de contraste serão observadas durante 30 minutos no serviço de imagem, por motivos de segurança.


  7. OS RESULTADOS DO EXAME SERÃO AVALIADOS POR UM ESPECIALISTA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  8. Que estudará as centenas de imagens obtidas. As imagens serão transferidas para filmes radiológicos que juntamente com o laudo do especialista devem ser enviados ao seu médico.


  9. O MÉDICO

  10. Avaliará o resultado do exame e, de acordo com o diagnóstico obtido, sua história clínica, seus sinais e sintomas e o resultado de outros possíveis exames laboratoriais, lhe sugerirá o tratamento adequado caso isso seja necessário.


  11. O TRATAMENTO 

  12. Clínico ou cirúrgico dependerá exclusivamente do resultado do exame, sendo este, portanto, essencial para a manutenção do estado de saúde do paciente.


  13. ANTES DE REALIZAR O EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  14. É importante que você discuta o procedimento com o seu médico para avaliar os riscos e benefícios e benefícios do exame.

  1. RISCOS E BENEFÍCIOS

  2. - O método de diagnostico por imagem por TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA é amplamente utilizado no mundo e se destaca por sua precisão e custo de implementação baixo, em comparação com outros métodos. Estudos foram realizados e foram identificados riscos e benefícios para o método, como veremos a seguir:

  1. POSSÍVEIS RISCOS

  2. - Devido ao método usar raios x, a produção de radicais livres, aumento da dose absorvida e efeitos causados pela administração da radiação nos seres humanos;- Possíveis intercorrências referentes à administração do meio de contraste, em relação à toxidade ou hipersensibilidade ao iodo.

  1. BENEFÍCIOS CONHECIDOS A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA tem sido testada exaustivamente em todo o mundo e até o presente momento foram detectados os seguintes benefícios:- Sensibilidade diagnóstica.- Imagens detalhadas com maior precisão em todos os planos do corpo nos sistemas multi-corte e no plano axial em helicoidal.- Detecção precoce das doenças.

  2. - Detecção precoce significa tratamento precoce.- Tratamento precoce quase sempre significa maior sucesso do tratamento e despesas menores.

  1. - O contraste endovenoso, quando usado, não coloca em risco a saúde do paciente – serão monitorados os casos de sensibilidade ao meio de contraste.


  2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

  1. O QUE É TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA? 

  2. Tomografia significa imagem em tomos ou em planos. É um método de geração da imagem de um plano de corte que permite o estudo de estruturas localizadas no interior do corpo, situadas em planos diversos, sem que haja superposição de imagens na geração da imagem final.

  1. O MÉTODO 

  2. A Tomografia Computadorizada é um método de diagnóstico por imagem que combina o uso de raios-x obtidos por tubos de alta potência com computadores especialmente adaptados para processar grande volume de informação e produzir imagens com alto grau de resolução. O feixe de raios-X, após ser atenuado pelo corpo do paciente, interage com um conjunto de detectores que são responsáveis por transformar o sinal da radiação eletromagnética em sinal elétrico. Cada fóton que atravessa um determinado volume do paciente interage com um detector e produz um pulso elétrico, fornece uma parcela dos dados que formarão a imagem final no computador.
  1. Os sinais eletrônicos que chegam ao computador são anteriormente transformados em dígitos para serem reconhecidos no sistema binário. Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, sem sobreposição de estruturas, múltiplas projeções são realizadas a partir de diferentes ângulos. O computador, de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada em uma matriz composta de pixels. A cada pixel da imagem é atribuída uma tonalidade de cinza que depende da intensidade da radiação absorvida pelo paciente. A matriz em TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser definida com um arranjo de linhas e colunas que forma a imagem digital. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução da imagem. Na T. C. o raios-X é concentrado em um feixe estreito que passa apenas por uma pequena parte do corpo. A informação do feixe atenuado de Raios-X que chega a um detector é convertida em um sinal digital (pulso de corrente elétrica).Movendo-se o emissor de raios-X e o detector, obtém-se sinais de outros pontos do corpo em ângulos variados. É o que se chama de "varredura" do feixe. Esse processo é repetido várias vezes para ângulos ligeiramente diferentes. Os detectores armazenam os valores da intensidade dos Raios-x. O computador processa essas transformadas e reconstrói uma imagem tridimensional do interior do corpo do paciente. Nos tomógrafos mais modernos apenas a fonte de Raios-X se movimenta. A detecção é feita em um anel de detectores que envolvem o objeto examinado


  2. PARTES DE UM TOMÓGRAFO

  3. Tecnologicamente, um aparelho de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser subdividido em quatro subsistemas principais: Eletroeletrônico Mecânico Gerador de Raios-X Informática Bloco de alimentação Arquitetura do Geração do feixe em Responsável pelo do aparelho e aparelho (dispositivos leque com o tubo de controle automático dispositivos de pneumáticos, Raios-X específico de do processo, pela controle de engrenagens de alta potência com aquisição dos dados, movimentações movimentações sistema de geração,(motores da mesa, de tomografia refrigeração armazenamento e gantry, do arco computadorizada.); específico; manipulação das detector e tomografia imagens e impressão computadorizada); das mesmas.


  4. GANTRY É O CORPO DO APARELHO E CONTÉM: 

  5. • Tubo de raios-X; 
  6. • Conjunto de detectores; 
  7. • DAS - Data Aquisition System ; 
  8. • OBC - On-board Computer - (controle de kV e mA); 
  9. • Transformador do anodo; 
  10. • Transformador do catodo; 
  11. • Transformador do filamento; 
  12. • Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry; 
  13. • Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry;
  14. • Dispositivo laser de posicionamento; 
  15. • Motor para rotação do tubo; 
  16. • Motor para angulação do gantry.


  17. O TUBO DE RAIOS-X 

  18. O tubo de raios-X utilizados em TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA tem princípio de funcionamento similar aos utilizados nos aparelhos convencionais de raios-X: alta-tensão em corrente contínua catodo- anodo e corrente alternada de baixa- tensão no filamento. As principais diferenças estão em sua movimentação (o tubo de raios-X convencionais funcionam estáticos), no tempo de funcionamento contínuo que é muito maior assim como a potência do tubo. O aquecimento é muito intenso e gera a necessidade de um sistema de refrigeração bem desenvolvido. Utiliza liquido refrigerante com circulação forçada e sistema radiador para transferência de calor do liquido para o meio externo. A temperatura da sala de exames deve ser controlada para manter uma grande diferença no gradiente de transferência de calor. Os anodos giratórios operam com rotações acima de 10.000 rpm para auxiliar na dissipação de calor. 


  19. DETECTORES 

  20. Os detectores são responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa o objeto, transformando a informação em sinal elétrico que pode ser digitalizado e reconhecido pelo computador. Uma vez definido o valor da tensão aplicada (kV) e da corrente (mA), a intensidade o feixe que sai do tubo está determinada. Os detectores permitem determinar a quantidade de radiação que conseguiu atravessar o objeto sem interagir e, desta forma, o computador obtém a parcela do feixe absorvida no trajeto por ele percorrido. Os aparelhos atuais utilizam detectores de estado sólido fabricados com materiais semicondutores dopados. Esses materiais se ionizam quando interagem com a radiação e permitem a circulação de uma corrente elétrica quando são aplicados a uma d.d.p. 

  21. Quanto maior a intensidade da radiação, maior será a ionização e, consequentemente, maior será o valor do pulso elétrico gerado no circuito.


  22. MESA DE EXAMES

  23. É o local onde o paciente fica posicionado e possui as seguintes CARACTERÍSTICAS: 
  24. • constituída de material radio- transparente; 
  25. • suporta 200kg; 
  26. • não enverga (alta resistência); 
  27. • movimenta-se até 200cm em sentido longitudinal (tampo deslizante); 
  28. • movimenta-se 120cm em sentido horizontal (sistema de elevação do tampo); 
  29. • importante fator principalmente em TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Multi- corte 
  30. • possui acessórios (suportes do crânio, dispositivos de contenção do paciente, suportes de soro e outros)


  31. A MESA DE COMANDO 

  32. É o local de onde enviamos as informações para o sistema, onde se encontram armazenados os protocolos para a aquisição das imagens e, ainda, o local utilizado para o tratamento e documentação das imagens adquirias.

  33. NA MESA DE COMANDO PODEMOS ENCONTRAR: 
  34. • monitor para planejamento dos exames; 
  35. • monitor para processamento da imagens;
  36. • teclado alfanumérico; 
  37. • mouse; 
  38. • TrackBall; 
  39. • sistema de comunicação com o paciente.


  40. SISTEMA DE RADIOPROTEÇÃO 

  41. Regulamentado pela portaria 453: sala de comando separada da sala de exames, sala baritada, porta revestida, vidro plúmbico, monitoração individual por dosímetros, luz de aviso, aventais de chumbo, protetores de gônadas e e tomografia computadorizada.

  42. FINALIDADES: 
  43. • Inibir exposição acidental 
  44. • Inibir exposição ocupacional 
  45. • Inibir doses desnecessárias nos pacientes

  46. SISTEMAS INTEGRADOS: A Bomba Injetora é conectada ao aparelho de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA e controlada por ele. Sua finalidade é permitir que o contraste seja administrado no paciente com tempo e velocidade predeterminados para o exame.

  47. EVOLUÇÃO

  48. INTRODUÇÃO 

  49. A tomografia computadorizada sofreu uma série de aperfeiçoamentos ao longo de sua história. Tais acontecimentos proporcionaram o surgimento de tecnologias inovador as que contribuíram significativamente com a evolução dessa modalidade. Os primeiros tomógrafos não utilizavam computadores para gerar a imagem e apresentavam uma imagem de qualidade baixíssima em relação aos aparelhos posteriores. A introdução do sistema computacional permitiu a obtenção de imagens de melhor qualidade mas criou certa dependência para esta modalidade.


  50. TOMOGRAFIA LINEAR Também conhecida como tomografia convencional, esta modalidade foi o primeiro método de obtenção de imagens tomográficas. Suas principais características são: formação da imagem diretamente em filmes radiográficos e várias projeções no mesmo filme.

  51. Esta última característica, apesar de ser a responsável por permitir a visualização de um plano de corte, é também responsável por gerar uma imagem de baixíssima qualidade e grande número de artefatos.


  52. PRIMEIRA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  53. Feixe muito estreito, em forma de “lápis”, e um único detector. Fazia múltiplas varreduras lineares sobre o objeto. Após a primeira varredura, o tubo sofria uma rotação de 1 grau para iniciar nova varredura. Processo repetido 180 vezes. Translação e rotação. Exigiam cerca de 4 minutos para reunir informações suficientes de cada corte. Como era muito difícil fazer com que o objeto permanecesse imóvel durante todo esse tempo, ocorria grande número de artefatos em imagens de abdome e tórax, inviabilizando estes exames. Imagem sem resolução espacial. Baixo número de pixels. Boa visualização de estruturas internas do crânio devido à facilidade de imobilização desta parte.


  54. SEGUNDA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  55. Basicamente a mesma engenharia dos aparelhos de primeira geração. As inovações trazidas por essa geração de aparelhos foram: utilização de mais detectores adjacentes (30) e a forma do feixe que passou a ser mais aberto - em forma de “leque” - mas continuava a ser extremamente colimado. Novo formato do feixe varre áreas maiores em tempos menores, reduzindo-se bastante o tempo de realização dos exames e o número de posicionamentos necessários para geração dos cortes – de 180 para seis. A qualidade da imagem ainda era muito ruim. Baixo número de pixels.


  56. TERCEIRA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  57. Engenharia completamente diferente da primeira e da segunda geração. Não existem mais as movimentações lineares do tubo de raios-x e detectores. Ambos agora giram 3600 em torno do objeto. O número de detectores aumentou drasticamente – varia entre 200 e 1000 unidades Feixe em forma de “leque” mais “aberto” para atingir a todo o arco detector. Permitiu que toda a área de um plano de corte fosse completamente atingida pelo feixe, eliminando a necessidade de movimentação linear dos detectores e do tubo. Tempo para aquisição da imagem de um plano de corte foi reduzido drasticamente –em torno de 10s por corte – reduzindo os artefatos.


  58. QUARTA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  59. Engenharia parecida com a terceira geração. Porém, os detectores são mais numerosos e dispostos 3600 em torno do objeto - anel detector que permanecia estático durante o exame. Apenas o tubo efetua o movimento de rotação. Trouxe uma importante inovação para a TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: o sistema slip-ring que permitiu a eliminação dos cabos de alimentação do tubo Sem cabos de alimentação os tubos passaram a realizar rotações contínuas sem que houvessem danos ao sistema. Com a rotação ininterrupta do tubo, o tempo para a aquisição da imagem de um plano de corte ficou ainda menor – 2 a 5s. Tecnologia caiu em desuso devido ao auto custo dos detectores.


  60. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL 

  61. Possuem sistema de geração de dados igual à terceira ou quarta geração Caracteriza-se pelo movimento contínuo da mesa para dentro do gantry enquanto o tubo roda continuamente. As partes irradiadas formam uma “trilha” espiral pelo corpo do paciente. Aquisição volumétrica da imagem. Tempos menores para a aquisição de dados – 1s. Mais imagens por exame

  1. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTICORTE

  2. CARACTERÍSTICAS: 

  3. • Mais de uma fileira de detectores. 
  4. • Maior número de arcos detectores permite um maior número de cortes por rotação do tubo. 
  5. • Feixe deixa de ser delgado, assumindo um formato piramidal. 
  6. • Baixíssimos tempos de aquisição: 0,5s. 
  7. • 2000 imagens por exame. 
  8. • Pode ser associado à TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA helicoidal ou convencional.

  1. PARÂMETROS DE CONTROLE 

  2. COLIMAÇÃO DO FEIXE 

  3. A colimação do feixe está relacionada diretamente com a fatia a ser irradiada para a geração do corte (colimação de 5mm implica na geração de um corte onde 5mm de espessura do tecido serão irradiados pelo feixe). Determina a espessura de corte (colimação de 5mm, corte de 5mm). A sensibilidade o exame está relacionada com a espessura de corte. Correlacionado este fator com a técnica de raios x, seria o mesmo que limitar a área de visão. Varia de 0,4mm (em tomógrafos multicorte) a 10mm Sua diminuição acarreta em aumento de dose para o paciente em casos de substituição de técnicas com colimação aberta: uso de técnicas helicoidais substituindo técnicas sequenciais.

  1. EIXOS DE CORTE 

  2. Os eixos de corte são marcações para a passagem do raio central, ou seja, determinam o centro do feixe. Para a programação de exames, a distância entre esses eixos tem efeito direto na quantidade de dados que serão gerados para a construção da imagem. Existe um fator denominado PITCH que relaciona a distância entre os eixos de corte com a espessura do corte. Esse fator define o espaçamento entre os cortes e determina a quantidade total de tecido que será irradiado. O fator tomografia computadorizada influencia, também, no tempo do exame e na quantidade de informações que chegam ao computador. Esse fator determina também a qualidade das imagens em reconstruções MPR 

  3. Eixos de Corte – Fator Pitch 
  4. PITCH maior que 1 
  5. PITCH igual a 1 
  6. PITCH menor que 1 

  7. Diferentes eixos de corte 1 imagens 2d sem reconstrução 2 imagens 2d com reconstrução 3 imagens 3d – superposição dos eixos

  1. A CORRENTE NO FILAMENTO – mA 

  2. Este fator está associado à alimentação do filamento do catodo. Define a quantidade de fótons a ser liberada pelo tubo. Seu controle é fundamental para se determinar a quantidade de fótons que atinja o arco de detectores. A maioria dos tomógrafos trabalha com o valor fixo de corrente para toda a rotação do tubo.

  1. A ALTA TENSÃO CATODO-ANODO - kV 

  2. Controle automático de dose: Diminuir dose baseado no volume analisado Protocolos diferenciados para adultos e crianças. Faixa de variação: entre 60 e 120 mAs É a relação de tensão aplicada nos terminais catodo e anodo do tubo de RX. Determina a aceleração dos elétrons e, consequentemente, a energia final de colisão dos elétrons com o alvo (Ec = ½ mv2). Determina a energia dos fótons gerados. Valores maiores da tensão proporcionam um número maior de fótons que interagem com os detectores. Altos valores de tensão promovem um menor ruído na imagem e, no entanto, diminuem a resolução do contraste entre as estruturas de tecidos moles. O aumento na tensão promove, também, o aumento da temperatura do tubo. Assim como o controle efetivo da corrente e do tempo (mAs), o controle da tensão(kV) irá efetivamente diminuir a dose no paciente. Elétrons são acelerados por uma diferença de potencial V até uma energia eV. Eles atingem um eletrodo de metal espesso, e são freados até o repouso. Nesse processo eles irradiam energia na forma de fótons. Quanto maior o valor da tensão, maior será a energia cinética adquirida pelo elétron no seu percurso e, consequentemente, maior será a energia do fóton X originado. Os raios-X elétrons 

  1. O TEMPO DE ROTAÇÃO DO TUBO 

  2. É o tempo necessário para que o tubo realize uma volta completa ao redor do paciente. Esse tempo varia de 3 a 0,47s em tomógrafos multicorte Tempos maiores de giro permitem uma redução da corrente do filamento (mA), pois permitem manter o mesmo valor (mAs) e a mesma qualidade da imagem. O aumento de tempo pode acarretar o aparecimento de artefatos na imagem.


  3. ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO 

  4. Algoritmos matemáticos que trabalham como espécies de filtros. Eles recebem, tratam e disponibilizam os dados adquiridos no processamento das imagens. Estes são otimizados para as diferentes partes do corpo e diferentes tipos de tecidos. A qualidade da imagem dos tecidos moles pode ser melhorada se um algoritmo adequado valorizar os dados para os tecidos menos radio- absorventes. Podemos usar para valorizar densidades ósseas, partes moles ou tecidos intermediários. Permitem otimizar o tempo de reconstrução e diminuir o tamanho do arquivo de armazenagem da imagem e o tempo de transmissão para as estações de trabalho.


  5. MATRIZ DA IMAGEM 

  6. A matriz é a quantidade de linhas e colunas responsáveis pela geração da Imagem. Define o número de pixels que formam a grade de geração da imagem. Considerando o FOV constante, um aumento no tamanho da matriz implica em um pixel menor e uma imagem mais rica em detalhes. Um aumento no tamanho da matriz promove um aumento no número total de pixels e, consequentemente, na quantidade de dados que precisa ser processada. 

  7. O tamanho do pixel é dado pela razão entre o FOV e a matriz: FOV (mm) pixel (mm) = matriz. Espessura de corte Matriz x Voxel 

  8. PIXEL – Unidade de área Tamanho do Pixel = Fov / Matriz Ex. Fov = 256 mm Matriz =256 linhas/colunas Coluna - altura Pixel = 1mm2 Linha - base 

  9. VOXEL – Unidade de Volume Tamanho do Voxel = (Fov / Matriz). Espessura corte Ex. Fov = 256mm Matriz =256linhas/colunas Espessura= 10mm Voxel = 10mm³ Coluna - altura Espessura de Corte Linha - base

  10. A RESOLUÇÃO - Quantidade de pixels por área do tecido representado na imagem. Medida para se definir a qualidade da imagem. Classificada como: padrão, alta e ultra- alta. Importante fator para visualização de micro estruturas. Resolução padrão = 1mm². Quanto maior a resolução, maior será o número de pixels.

  1. SEGURANÇA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

  2. MEIOS DE CONTRASTE EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 

  3. ASPECTOS GERAIS 
  4. • Os meios de contraste são os medicamentos mais prescritos pelos radiologistas.
  5. • Essa classe de medicamentos é composta pelos meios de contraste iodados administrados por via intravenosa para a realização de urografias excretoras, angiografias e em exames de tomografia computadorizada. 
  6. • É importante que os médicos que solicitam exames de imagem que envolvem a injeção de meios de contraste conheçam algumas características dessas drogas relacionadas principalmente aos efeitos adversos como as reações alérgicas e a nefro- toxicidade. 
  7. • Estrutura básica dos meios de contraste iodados é formada por um anel benzênico ao qual são agregados átomos de iodo e grupamentos complementares 
  8. • Estes grupamentos podem ser ácidos ou substancias orgânicas que alteram a toxidade e ajudam a excreção do contraste 
  9. • Na molécula o grupo ácido H+ é substituído por:

  1. CARACTERÍSTICAS GERAIS 

  2. • Tanto agentes iônicos ou não- iônicos tem iodo! 
  3. • Apresentam baixa lipossolubilidade 
  4. • Pelo molecular baixo 
  5. • Pouca afinidade com proteínas 
  6. • Distribuem-se nos espaços extracelulares 
  7. • Sem ação farmacológica significativa

  1. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

  2. Uma solução pode ter natureza iônica ou não iônica conforme sua estrutura química, mas todas apresentam algumas propriedades que estão relacionadas com sua eficácia e segurança, como segue: Densidade g/ml. É o número de átomos por ml de solução Viscosidade 
  3. • Na pratica significa a força necessária para se injetar a substancia 
  4. • Aumenta geometricamente com a concentração da solução 
  5. • Dímeros tem maior viscosidade que monômeros 
  6. • Está relacionada com a temperatura 

  7.  Quanto maior a densidade e viscosidade maior será a dificuldade do contraste se misturar com o plasma! Osmolalidade 
  8. • É uma função definida pelo número de partículas de uma solução por unidade de volume - Mosm/Kg. 
  9. • Representa o poder osmótico sobre as moléculas de água.
  10. • É influenciada pela concentração, peso molecular, efeitos de associação, dissociação e hidratação da substância química. 
  11. • Contrastes iônicos têm maior osmolalidade que não iônicos porque dissociam cátions de ânions na solução.
  12. • Quanto maior a osmolalidade maior a vasodilatação pelo agente

  1. MONÔMEROS IÔNICOS 

  2. • Em solução associa-se em duas partículas: um anion radiopaco e um cátion – sódio não radiopaco. 
  3. • Em solução, liberam assim seis átomos de iodo para duas partículas – anéis benzênicos.
  4. • Dímeros monoácidos iônicos têm aproximadamente a mesma osmolalidade de não iônicos 
  5. • São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml 

  6. MONÔMEROS NÃO-IÔNICOS 
  7. • Não se desassociam em solução 
  8. • Fornecem três átomos de iodo para uma partícula 
  9. • São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml

  10. DÍMEROS NÃO-IONICOS 
  11. • Não se desassociam em solução 
  12. • Fornecem seis átomos de iodo para apenas uma partícula apresentando menor osmolalidade entre os meios de contraste 
  13. • Apresentam peso molecular e viscosidade maior

  14. DECISÕES ANTES DE INJETAR O CONTRASTE 
  15. • Inicialmente todos os pacientes podem ser considerados pacientes de risco! 
  16. • Antes da injeção do meio de contraste alguns pontos devem ser analisados: 
  17. • Identificar os fatores de risco versus benefício potencial de seu uso 
  18. • Avaliar as alternativas de métodos de imagem que possam oferecer o mesmo diagnóstico ou ainda superiores 
  19. • Ter certeza da indicação precisa do MC 
  20. • Estabelecer procedimentos de informação ao paciente 
  21. • Ter previamente determinada a política no caso de complicações 

  22. QUESTIONÁRIO DE CONTRA INDICAÇÕES 

  23. 01- Você já utilizou contraste iodado na veia? (Urografia Excretora, Tomografia Computadorizada com Contraste Venoso, Cateterismo Cardíaco, Arteriografia, Colangiografia Venosa) 
  24. ( ) SIM ( ) NÃO 

  25. 02- Apresentou alguma reação (problema)? ( ) SIM ( ) NÃO 

  26. 03 - Como foi esta reação ao contraste iodado? 

  27. 04- Você tem ou já teve chieira de peito (Bronquite asmática, Asma)? ( ) SIM TENHO ( ) SIM JÁ TIVE ( ) NÃO

  28. 05 - Você tem alergia a alimentos como camarão, peixe ou outros frutos do mar? ( ) SIM ( ) NÃO 

  29. 06- Você já apresentou placas vermelhas e elevadas na pele? Essas placas coçavam (Urticárias)? ( ) SIM ( ) NÃO 

  30. 07- Você já fez uso de algum medicamento que "empolou" o corpo ou inchou os seus olhos (reação a medicamento / Edema de Quincke)? ( ) SIM ( ) NÃO 

  31. 08- Você tem feridas que são difíceis de sarar na parte de trás dos joelhos ou cotovelos (eczema)? ( ) SIM ( ) NÃO 

  32. 09- Você tem alguém na família com alergia a algum tipo de medicamento (História familiar)? ( ) SIM ( ) NÃO 

  33. 10- Você apresenta, com frequência, entupimento ou coceira no nariz ou, então, crises de espirros (Rinite alérgica)? 
  34. ( ) SIM ( ) NÃO 

  35. 11- Você já comeu algum tipo de alimento, repetidas vezes, e em todas elas apresentou vômitos, diarreia ou urticárias no corpo? 
  36. ( ) SIM ( ) NÃO. Qual alimento? 

  37. 12- Você é diabético? ( ) SIM ( ) NÃO Se for diabético, qual o medicamento usado? 

  38. 13 - Você usa algum medicamento com o nome de Glucophage, Glucoformin, Glifage ou Metformina? ( ) SIM ( ) NÃO 

  39. 14 - Você é portador de Mieloma Múltiplo ou Miastenia Gravis? ( ) SIM ( ) NÃO 

  40. 15- Você tem "pressão alta"? ( ) SIM ( ) NÃO 

  41. 16- Você tem alguma doença no coração, fígado ou rins? 
  42. ( ) SIM ( ) NÃO Qual ? 

  43. 17- Você usa regularmente algum medicamento? 
  44. ( ) SIM ( ) NÃO

  45. 18 - Você tem algum comentário ou informação que julga importante? ( ) SIM ( ) NÃO Qual ?

  46. EFICÁCIA DO MEIO DE CONTRASTE 

  47. • Depende não apenas de suas características farmacológicas mas principalmente de sua capacidade de atenuação dos raios x. 
  48. • Realça a vascularização evidenciando lesões e aumentando o contraste com estruturas não vascularizadas. 
  49. • A atenuação dos raios x pelo agente de contraste depende da concentração do iodo, distancia fóton iodo e energia do fóton. 
  50. • Compostos não iônicos garantem maior tolerabilidade devido a sua menor associação com outras moléculas.

  1. ASSISTÊNCIA À VIDA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

  2. CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS 

  3. • São Inevitáveis 
  4. • Podem variar em severidade e ocorrer após uma ou múltiplas injeções de contraste • A verdadeira causa é desconhecida 
  5. • Para fins didáticos estas podem ser divididas quanto: ao mecanismo etiológico, à gravidade e ao tempo de administração do contraste.

  6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MECANISMO ETIOLÓGICO 

  7. Classificadas por sua etiologia ou natureza 

  8. REAÇÕES ANAFILÁTICAS OU IDIOSSINCRÁTICAS 

  9. • Reações alérgicas agudas caracterizadas pela presença de urticária, angioedema, hipotensão com taquicardia e edema de glote. Meio de Contraste – Meio – Ação maléfica dos mediadores químicos provocando reações 

  10. REAÇÕES NÃO IDIOSSINCRÁTICAS Podem estar relacionadas com a concentração de contraste, têm um órgão específico como reagente, Sua magnitude varia com a velocidade da infusão e administração. 
  11. Reação por Reação por Toxidade 
  12. Reações Osmotoxidade Quimiotoxidade Direta Vasomotoras Específica Concentração.
  13. • Atinge órgãos 
  14. • Ocorrem por elevada do meio de íons se separam isoladamente distensão visceral contraste levando a reagindo com outras.
  15. • Pele – Dor, ou dor, pelo um desconforto local moléculas. Esta Inchaço, Calor. trauma na punção e hipotensão. 
  16. • Trato cutânea. responsável pela Gastresofágico – 
  17. • Podem causar neuro- toxidade, Náusea, vômito, depressão depressão diarreia. cardíaca, confusão miocárdica, 
  18. • SNC – Cefaleia, mental, alterações de ECG e confusão mental, diminuição da lesão vascular. vertigem. consciência, 
  19. • vômitos, podendo evoluir para parada cardio- respiratória.

  20. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SEVERIDADE 

  21. • Náuseas/Vomito 
  22. • Rubor 
  23. • Urticária Limitada Reações Adversas Reações Adversas 
  24. • Tosse 
  25. • Calafrios 
  26. • Sudorese 
  27. • Calor 
  28. • Tremores 
  29. • Espirros 
  30. • Cefaleia Discreta 
  31. • Ansiedade 
  32. • Dor local Leves 
  33. • Tontura 
  34. • Alterações do paladar 
  35. • Vômitos Intensos 
  36. • Aumento do edema local 
  37. • Mudança da frequência Cardíaca 
  38. • Rigidez Moderadas 
  39. • Hipertensão 
  40. • Broncoespasmo 
  41. • Hipotensão 
  42. • Dor Tórax e abdome 
  43. • Urticária Intensa 
  44. • Cefaleia Intensa 

  45. Reações que potencialmente apresentam risco de vida. 
  46. Adversas 
  47. • Reações 
  48. • Sintomas moderados ou graves, como laringo- espasmo (edema de glote). 
  49. • Inconsciência, convulsões, edema pulmonar, 
  50. • Colapso vascular severo, 
  51. • Parada cardio- respiratória. Graves 

  52. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TEMPO DECORRIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO 
  53. • Ocorrem quando o paciente ainda está no serviço em observação – entre 5 a 20 minutos Agudas 
  54. • Compõem cerca de 60% de todas as reações podendo ser leves a graves 
  55. • Ocorrem aos a saída do paciente do serviço – entre 30min e 48 horas 
  56. • Incidências mais comuns: Trombose venosa, necrose de pele, cefaleia, Tardias rubor na pele. 
  57. • Ocorrem em 39% dos casos 
  58. • Maior incidência em mulheres e pacientes acima de 60 anos 
  59. • Maioria das reações é de classificação leve 
  60. • Podem ser confundidas com agravamento do quadro clinico. 

  61. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS INFLUENCIADAS PELOS AGENTES DE CONTRASTE IODADOS NOS ÓRGÃOS E NAS ESTRUTURAS VASCULARES 

  62. • Efeito na viscosidade sanguínea – viscosidade suspensa, tamanho da célula diminuído, modificação morfológica celular, formação de agregados (hemácias e proteínas). 
  63. • Efeitos na coagulação – Agregação de plaquetas, inibição de fibrina, efeito anticoagulante devido a medicamentos associados ao contraste. 
  64. • Efeito na Função Cardiovascular – No coração osmo e quimio- toxidade mais persistentes em corações isquêmicos, efeito cumulativo. 
  65. • Efeito Periférico – Aumento de volume plasmático, vasodilatação, hipotensão. Ocorre pela hiperos- molalidade, tem ação anticoagulante. 
  66. • Efeito na Função Pulmonar – Broncoespasmo principalmente em agentes iônicos, edema agudo pulmonar devido à permeabilidade vascular. 

  1. MEDIDAS PROFILÁTICAS 

  2. Hidratação e Jejum 
  3. • Hidratação contínua é permitida, pequenas refeições até duas horas antes da injeção, 
  4. • Jejum de 8 horas para refeições pesadas com o objetivo de diminuir a massa no sistema gastrintestinal diminuindo a possibilidade de náuseas e vômitos. Pré-teste 
  5. • É a injeção previa de pequena quantidade de contraste e a observação do paciente quanto aos sintomas característicos. 
  6. • Teste fora de uso Sedação e Anestesia 
  7. • Prevenir reações causadas por reações devido à ansiedade e medo: Náuseas, vômitos e urticárias – reações leves. 
  8. • Método indicado para situações onde o paciente apresenta quadro de agitação. Ocorre no sentido de profilaxia Uso de Medicamentos 
  9. • Anti-histamínicos e corticoides 
  10. • Administrados antes da injeção via venosa, quando o paciente já apresentou reações e necessita realizar novamente o contraste. 

  1. CONCLUSÕES 

  2. • Todo paciente deve ser considerado de risco 
  3. • Devemos considerar condições clinicas e patológicas antes da administração do contraste 
  4. • Todo paciente deve ser informado da natureza e riscos do meio de contraste 
  5. • Meios de contraste iodados são seguros 
  6. • O uso de pré medicação é bastante controverso

  7. RADIOPROTEÇÃO E EFEITOS DA RADIAÇÃO

  8. INTRODUÇÃO 

  9. No setor saúde, onde a radiação ionizante encontra o seu maior emprego e como conseqüência, a maior exposição em termos de dose coletiva, é também onde mais são realizadas pesquisas no sentido de se produzir o maior benefício com o menor risco possível. Apesar dos esforços de alguns órgãos governamentais em difundir conhecimentos voltados para as atividades de Proteção Radiológica (destaca-se aí o papel desempenhado,pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, através do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD) é ainda, de pouco domínio, mesmo entre os profissionais da área, o conhecimento a respeito dos efeitos maléficos produzidos por exposições que ultrapassamos limites permitidos. Segundo dados do IRD, 80% dos trabalhadores que lidam diretamente com fontes emissoras de radiação ionizante pertencem ao setor saúde. Esse dado, em última análise,ressalta o compromisso e a responsabilidade que as Vigilâncias Sanitárias, das três esferas de governo, devem assumir perante a sociedade brasileira. Um dos papéis importantes que deve ser vinculado ao dia a dia dos inspetores das vigilâncias sanitárias é a de orientar o usuário de materiais e fontes radioativas a desenvolver uma cultura baseada nos princípios da radioproteção e na prevenção de acidentes iminentes e/ou potenciais. O conhecimento dos equipamentos e as suas aplicações, dos processos de trabalho e os insumos utilizados são ferramentas indispensáveis na identificação dos riscos das instalações radioativas. Outro aspecto que vem merecendo toda a atenção das autoridades sanitárias é o crescente número de instalações radiológicas que têm se instalado, principalmente, nos grandes urbanos e que nem sempre absorvem profissionais com a qualificação desejada para o desempenho de suas funções. Há de se ressaltar, a necessidade de uma formação adequada por parte dos profissionais que atuem na área, o que sem dúvida contribuirá para uma melhoria da qualidade desse tipo de prestação de serviço à população.


  10. FONTES DE RADIAÇÕES IONIZANTES 

  11. Radiações ionizantes, por definição, são todas aquelas com energia superior a 12,4 e Ve que são capazes de ionizar átomos. Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas radiações podem ser de origem natural ou artificial. As fontes naturais representam cerca de 70% da exposição, sendo o restante, devido às fontes artificiais.


  12. INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM AS CÉLULAS 

  13. No processo de interação da radiação com a matéria ocorre transferência de energia, que pode provocar ionização e excitação dos átomos e moléculas provocando modificação (ao menos temporária) na estrutura das moléculas. O dano mais importante é o que ocorre no DNA. Os efeitos físico-químicos acontecem instantaneamente, entre 10-13 e 10-10 segundos e nada podemos fazer para controlá-los.

  14. Os efeitos biológicos acontecem em intervalos de tempo que vão de minutos a anos. Consistem na resposta natural do organismo a um agente agressor e não constituem necessariamente, em doença. Ex: redução de leucócitos. Os efeitos orgânicos são as doenças. Representam a incapacidade de recuperação do organismo devido à freqüência ou quantidade dos efeitos biológicos. Ex: catarata, câncer, leucemia.


  15. TIPOS DE EXPOSIÇÃO E SEUS EFEITOS 

  16. A exposição externa é resultante de fontes externas ao corpo, proveniente dos raios X ou fontes radioativas. A exposição interna resulta da entrada de material radioativo no organismo por inalação, ingestão, ferimentos ou absorção pela pele. O tempo de manifestação dos efeitos causados por estas exposições pode ser tardio, os quais se manifestam após 60 dias, ou imediatos, que ocorrem num período de poucas horas até 60 dias. Quanto ao nível de dano, os efeitos podem ser somáticos, que acontecem na própria pessoa irradiada ou hereditários, os quais se manifestam na prole do indivíduo como resultado de danos causados nas células dos órgãos reprodutores.


  17. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES 

  18. Os efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser estocásticos ou determinísticos. A principal diferença entre eles é que os efeitos estocásticos causam a transformação celular enquanto que os determinísticos causam a morte celular.Efeitos Estocásticos Os efeitos estocásticos causam uma alteração aleatória no DNA de uma única célula que, no entanto, continua a reproduzir-se. Levam à transformação celular. Os efeitos hereditários são estocásticos. Não apresentam limiar de dose. O dano pode ser causado por uma dose mínima de radiação. O aumento da dose somente aumenta a probabilidade e não a severidade do dano. A severidade é determinada pelo tipo e localização do tumor ou pela anomalia resultante. No entanto, o organismo apresenta mecanismos de defesa muito eficientes. A maioria das transformações neoplásicas não evolui para câncer. Quando este mecanismo falha, após um longo período de latência, o câncer então, aparece. A leucemia 5-7 anos e os tumores sólido 20 anos. Os efeitos são cumulativos: quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência. Quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários podem ocorrer.Efeitos Determinísticos Os efeitos determinísticos levam à morte celular. Existe uma relação previsível entre a dose e a dimensão do dano esperado, sendo que estes só aparecem a partir de uma determinada dose. A probabilidade de ocorrência e a severidade do dano estão diretamente relacionadas com o aumento da dose. As alterações são somáticas. Quando a destruição celular não pode ser compensada, efeitos clínicos podem aparecer, se a dose estiver acima do limiar. Por ex. 3-5 Gy eritema, 20 Gy necrose. Indivíduos diferentes apresentam sensibilidade diferente e, portanto, limiares diferentes. Exemplos de efeitos determinísticos são: leucopenia, náuseas, anemia, catarata, esterilidade, hemorragia, e tomografia computadorizada...

  19. Dose absorvida de corpo Principal dano que Tempo de vida após a inteiro (Gy) contribui para a morte exposição (dias) 3-5 Danos na medula óssea 30-60 5-15 Danos gastro-intestinais e 10-20 pulmonares > 15 Danos no SNC 1-5 Tabela ilustrativa das doses x danos x tempo de sobrevida


  20. PROPRIEDADES DOS SISTEMAS BIOLÓGICOS 

  21. Apesar de todos estes efeitos, o corpo humano apresenta o mecanismo da reversibilidade que é responsável pelo reparo das células e é muito eficiente. Mesmo danos mais profundos são, em geral, capazes de ser reparados ou compensados. A transmissividade é uma propriedade que não se aplica aos sistemas biológicos, pois os danos biológicos não se transmitem. O que pode ser transmitido é o efeito hereditário em células reprodutivas danificadas. Existem fatores de influência os quais são decisivos. Pessoas que receberam a mesma dose podem não apresentar o mesmo dano. O efeito biológico é influenciado pela idade, sexo e estado físico.


  22. SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 

  23. O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um padrão apropriado de proteção para o homem, sem limitar os benefícios criados pela aplicação das radiações ionizantes. A proteção radiológica baseia-se em princípios fundamentais e que devem ser sempre observados. 

  24. • Justificação: o benefício tem que ser tal que compense o detrimento, que é definido como sendo a relação entre a probabilidade de ocorrência e grau de gravidade do efeito. 

  25. • Otimização: o número de pessoas expostas, as doses individuais e a probabilidade de ocorrência de efeitos nocivos devem ser tão baixos quanto razoavelmente exequíveis. (princípio ALARA = As Low As Reasonably Achievable). 

  26. • Limitação de Dose: a dose individual de trabalhadores e indivíduos do público não deve exceder os limites de dose recomendados excluindo-se as exposições médicas de pacientes. 

  27. • Prevenção de acidentes: todo esforço deve ser direcionado no sentido de estabelecer medidas rígidas para a prevenção de acidentes. O Sistema de Proteção Radiológica consiste em evitar os efeitos determinísticos, uma vez que existe um limiar de dose, manter as doses abaixo do limiar relevante e prevenir os efeitos estocásticos fazendo uso de todos os recursos disponíveis de proteção radiológica. Para efeito de segurança em proteção radiológica, considera-se que os efeitos biológicos produzidos pelas radiações ionizantes sejam CUMULATIVOS.

  28. Para a proteção radiológica de exposições externas considera-se: 
  29. • Distância (1/r2). Quanto mais longe da fonte, melhor. 
  30. • Tempo. Quanto menos tempo perto da fonte, melhor. 
  31. • Blindagem. Quanto mais eficiente for à blindagem, melhor. 
  32. • Prática: qualquer atividade humana que possa resultar em exposição à radiação. 
  33. • Intervenção: qualquer atividade humana que possa reduzir a exposição total.

  1. CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES

  2. As exposições dos seres humanos à radiação classificam-se em: 

  3. Exposição Médica De pessoa como parte de um tratamento ou diagnóstico, de indivíduos ajudando a conter ou amparar um paciente ou de voluntários participantes de pesquisa científica. Não há limite de dose, esta é determinada pela necessidade médica, no entanto recomenda-se o uso de níveis de referência. 

  4. Exposição Ocupacional É aquela ocorrida no ambiente de trabalho. Exposição do Público São todas as outras.


  5. FREQÜÊNCIA E TIPOS DE EXPOSIÇÕES 

  6. A frequência e a intensidade das exposições podem ser bem variadas e são exemplificadas abaixo: Exposição única Radiografia convencional radioterapia (a exposição total necessária para a Exposição fracionada Destruição da neoplasia é fracionada em 10 ou mais sessões) Originada da rotina de trabalho com materiais. 

  7. Exposição periódica radioativos 

  8. Exposição de corpo inteiro Irradiadores de alimentos, acidentes nucleares, acidentes, pessoa que manipula radionuclídeos.

  9. Exposição parcial (exposição das mãos)

  10. Exposição colimada Radioterapia (o feixe é colimado à região do tumor)

  11. Feixe Intenso Esterilização e conservação de alimentos
  12. Feixe Médio Radiodiagnóstico (alguns mGy/incidência)
  13. Feixe Fraco Radioatividade natural (1 mGy/ano)


  14. IRRADIAÇÃO VERSUS CONTAMINAÇÃO  

  15. A contaminação é o fato de estar em contato com fontes não seladas. A irradiação é originada por algum é, por exemplo, o caso dos pacientes que tipo de procedimento com raios X (em fazem uso de procedimentos de Medicina radiodiagnóstico) ou com feixes de Nuclear. Neste caso, os radiofármacos elétrons ou raios γ em radioterapia. são injetados no paciente ficando o Neste caso, o paciente não se torna mesmo "radioativo". Dependendo da "radioativo" e portanto não há dose a que foi submetido, poderá ter que nenhum perigo de "contaminar" ser isolado a fim de não contaminar outras pessoas ou o meio ambiente. outras pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas podem acontecer Nesta situação, a fonte radioativa no caso de explosões de usinas (radiofármaco) incorporou-se ao corpo nucleares ou bombas atômicas. do paciente que continua emitindo Nestas situações, o meio ambiente radiação. Os seres humanos podem fica altamente radioativo, mas não as ainda contaminar-se em acidentes como pessoas. foi o caso de Goiânia em 1987. Neste acidente o Cs 137 foi ingerido e passado sobre a pele de pessoas que ficaram contaminadas.

  1. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 

  2. Toda instalação radioativa está sujeita a regras especiais de proteção radiológica e é obrigada a delimitar suas áreas. Classifica-se como área livre toda aquela isenta de regras especiais de segurança. Nestas áreas, os níveis de radiação são necessariamente menores que 1 mSv/mês. Classifica-se como área restrita toda aquela que deva ter seus acessos controlados, por apresentar níveis de radiação maiores que 1 mSv/mês. As áreas restritas são subdivididas em área supervisionada, quando os níveis de radiação estão entre 1mSv/mês e 3 mSv/mês e área controlada se os níveis de radiação forem maiores que 3mSv/mês.


  3. AVALIAÇÃO DE DOSES INDIVIDUAIS 

  4. Para avaliar as doses de radiação num determinado ambiente são utilizados monitores de área. Estes ficam em locais de fácil acesso e visualização e são acionados sempre que os níveis de radiação ultrapassam os limites de segurança. Para a monitoração individual, são encontrados vários tipos de equipamentos: filme dosimétrico, TLD (dosimetro termo-luminescente), caneta dosimétrica e outros. O uso do dosímetro é geralmente obrigatório, a não ser que a monitoração de área demonstre que não há risco. Um dos tipos de dosímetro individual mais utilizado é o dosímetro de tórax. Este deve sempre ser posicionado na parte superior do tórax. É um dosímetro que registra a dose de corpo inteiro. No caso do uso de avental de chumbo, o dosímetro deve ser posicionado SOBRE o avental. Neste caso, deve-se avisar ao serviço de proteção radiológica que informará à empresa responsável pela monitoração pessoal, que então aplicará o fator de correção adequado (1/10), para o cálculo da dose efetiva. • Dosímetro de extremidade: pulseira, anel. Geralmente utilizado por profissionais que lidam com fontes não seladas ou com equipamentos de fluoroscopia.


  5. NÍVEIS DE REFERÊNCIA 

  6. • Nível de Registro: (0,2 mSv), (aplicado no programa de monitoração individual
  7. • Nível de Investigação: (1,2 mSv) valor acima do qual se justifica investigação. Relativo a um só evento. 
  8. • Nível de Intervenção: (4,0 mSv) interfere com a cadeia normal de responsabilidades. Interdição do serviço, afastamento do profissional para investigação.


  9. LIMITES DE DOSES ANUAIS 
  10. Trabalhador Público 
  11. • DOSE EFETIVA 20 mSv/ano* 1 mSv/ano
  12. ***Valor médio por um período de 5 anos, não ultrapassando 50 mSv em um único ano.
  13. **Em casos especiais, pode ser usado um limite maior desde que o valor médio nãoultrapasse 1 mSv/ano. 

  14. • DOSE EQUIVALENTE Cristalino 150 mSv/ano 15 mSv/ano Pele 500 mSv/ano 50 mSv/ano Extremidades 500 mSv/ano -------------

  15. RISCOS RELATIVOS
  16. Chances de morrer em conseqüência de atividades comuns em nossa sociedade (1 em 1milhão)
  17. • Fumar 1,4 cigarros (câncer de pulmão) • Passar 2 dias em Nova York (poluição do ar) 
  18. • Dirigir 65 km. em um carro (acidente) 
  19. • Voar 2500 milhas de avião (acidente) 
  20. • Praticar 6 minutos de canoagem 
  21. • Receber 0,1 mSv de radiação (câncer) 

  22. No Brasil, recentemente, com a publicação da portaria # 453 da SVS/MS “Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico” em 02/06/98, tornou-se obrigatória a implantação de diversos aspectos relativos à qualidade dos Serviços Radiológicos de Saúde dentre os quais, a implantação de um PGQ em toda instituição que faça uso de radiações ionizantes. Esta portaria originou-se da constatação feita pelo IRD/CNEN (Instituto de radioproteção e Dosimetria / Comissão Nacional de Energia Nuclear)através de seus programas RXD e RXO, de que cerca de 80 % dos equipamentos de radiodiagnóstico no Brasil, encontravam-se fora dos padrões mínimos de qualidade. Esta falta de controle de qualidade acarreta altas doses nos pacientes e custos elevados provocados pelos altos índices de rejeição de radiografias.

  23. TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE: 

  24. Os testes de controle de qualidade são parte importante do PGQ e devem ter periodicidade adequada e ser feitos, no mínimo, de acordo com os intervalos estabelecidos na portaria # 453. No entanto, cada instituição deve estabelecer seus próprios protocolos, de acordo com a idade e a taxa de uso dos equipamentos e as condições de manutenção dos mesmos. Os testes de controle de qualidade permitem que se obtenham equipamentos estáveis e que reproduzam o mesmo padrão de imagem para uma determinada técnica radiográfica. A padronização da técnica radiográfica visa maximizar a qualidade da imagem. Os testes obrigatórios são: KV mAs, camada semirredutora, alinhamento do feixe central, linearidade da taxa de exposição com mAs, rendimento do tubo, reprodutibilidade da taxa de exposição, reprodutibilidade do controle automático de exposição (AEC),tamanho do ponto focal, integridade dos equipamentos de proteção individual, vedação das câmaras escuras, exatidão do sistema de colimação, resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia, contato tela-filme, alinhamento de grade, integridade de telas e chassis,condições dos negatoscópios, índice de rejeição de radiografias, temperatura do sistema de processamento, sensitometria do sistema de processamento e calibração, constância e uniformidade dos números de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

  25. VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (VPI) Existem diversos tipos de vestimentas (figura 6) destinadas a proteger as pessoas contra os efeitos das radiações ionizantes. Dentre as mais usadas, encontram-se os aventais de chumbo (longos ou curtos), os protetores de tireóide e de gônadas, os óculos plumbíferos, as luvas e as mangas protetoras. Estas vestimentas possuem especificações e equivalência em chumbo que devem ser adequadas ao tipo de radiação ‘a qual se vai estar exposto. Além disso, pode-se também fazer uso de anteparos móveis de chumbo (biombos de chumbo). Sempre que possível, deve-se utilizar as VPIs tanto no staff médico, quanto nos acompanhantes quando estes são solicitados a conter ou confortar um paciente. Devem também ser usadas pelos próprios pacientes a fim de evitar exposições desnecessárias de regiões do corpo que não estão sendo radiografadas. Cuidados devem ser tomados quanto à manipulação das VPIs. Os aventais de chumbo são especialmente frágeis e devem ser manipulados cuidadosamente. Após o uso, devem ser guardados em cabides apropriados ou sempre na posição horizontal sem dobras. Os maus tratos podem causar fissuras e até mesmo o rompimento do lençol de chumbo,reduzindo o poder de proteção do mesmo e conseqüentemente, sua vida útil.

  26. VALORES TÍPICOS DE DOSES EM DIAGNÓSTICO RADIOGRAFIA 
  27. • Radiografia de tórax PA = 0,03 mSv 
  28. • Radiografia de abdômen AP = 0,5 mSv 
  29. • Pelve AP = 0,2 mSv 
  30. • Enema de bário (contraste simples) = 3,1 mSv 


  31. FLUOROSCOPIA 
  32. • Angiografia cerebral = 3,5 mSv 
  33. • Angiografia coronariana = 18 mSv 
  34. • Colocação de stent coronariano = 50 mSv MEDICINA 
  35. • Screening ósseo (Tomografia computadorizada-99m) = 4,4 mSv

  36.  NUCLEAR 
  37. • Perfusão miocárdica (Tl-201) = 18 mSv 
  38. • Cabeça = 1,3 mSv 
  39. • Tórax = 5,5 mSv DA 
  40. • Pelve e abdômen = 8 mSv 
  1. ACIDENTES, SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.

  2. Classificação de acidentes: 

  3. • Contaminação externa (pele) e interna (penetração no organismo via pele, ingestão ou inalação) 
  4. • Exposição aguda ou crônica
  5. • Isolar a área 
  6. • Afastar as pessoas 
  7. • Identificar a fonte de contaminação ou irradiação 
  8. • Contatar o Supervisor de Proteção Radiológica 
  9. • Contactar a Coordenação de Fiscalização Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde sobre a ocorrência para as devidas providências 
  10. • Proceder à análise da estimativa de doses 
  11. • Descontaminar a área, no caso de fontes não seladas 
  12. • Convocar os potencialmente irradiados ou contaminados para se submeterem a exames médicos 
  13. • Analisar o ocorrido e implementar procedimentos para evitar novos acidentes 

  14. Principais Causas de Acidentes: 

  15. • Falha nas instalações 
  16. • Defeitos nos equipamentos de proteção radiológica 
  17. • Defeitos dos equipamentos (ex.: tubos de raios X) 
  18. • Fadiga do operador 
  19. • Horário inadequado de trabalho 
  20. • Rotina cansativa e monótona 
  21. • Extravio ou furto de fontes 
  22. • Incêndio 
  23. • Colisão de viatura transportando materiais radioativos 
  24. • Relaxamento nas medidas de segurança decorrentes da monotonia da rotina 

  25. Medidas preventivas: 

  26. • Existência de condições seguras 
  27. • Prática de atos seguros 
  28. • Personalidade do trabalhador 

Aparelho para Radiografia I

Aparelho para Radiografia I

O QUE É RADIOGRAFIA ?

Os exames radiográficos utilizam raios-X; neste, o feixe de raios-X, transmitido através do paciente, impressiona o filme radiográfico, o qual, uma vez revelado, proporciona uma imagem que permite distinguir estruturas e tecidos com propriedades diferenciadas. Durante o exame radiográfico os raios-X interagem com os tecidos através do efeito fotoelétrico e Compton. Em relação à probabilidade de ocorrência destes efeitos, obtêm-se imagens radiográficas que, mostram tonalidades de cor cinza bem diferenciadas; conforme a densidade, tudo o que está dentro do corpo surge em uma cor diferente numa radiografia. Nos ossos, a radiografia acusa fraturas, tumores, distúrbios de crescimento e postura. Nos pulmões, pode flagrar da pneumonia ao câncer. Em casos de ferimento com armas de fogo, ela é capaz de localizar onde foi parar o projétil dentro do corpo. Para os dentistas, é um recurso fundamental para apontar as cáries. Na densitometria óssea, os raios-X detectam a falta de mineral nos ossos e podem acusar a osteoporose, comum em mulheres após a menopausa. Na radiografia contrastada, é possível diferenciar tecidos com características bem similares, tais como os músculos e os vasos sangüíneos, através do uso de substâncias de elevado número atômico (Iodo ou o Bário). Ainda, os raios-X possibilitaram o surgimento de exames como a tomografia axial computadorizada (TAC) que, com ajuda do computador, é capaz de fornecer imagens em vários planos, de forma rápida e precisa, utilizando quantidades mínimas de radiação.


Aparelho para Ecografia ou Ultra-Sonografia II

Aparelho para Ecografia ou Ultra-Sonografia II

O QUE É ECOGRAFIA OU ULTRASSONOGRAFIA ?

A ultrassonografia, ou ecografia, é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Os aparelhos de ultra-som em geral utilizam uma freqüência variada dependendo do tipo de transdutor, desde 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal piezo elétrico que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, que são interpretados através da computação gráfica. Quanto maior a frequência maior a resolução obtida. Conforme a densidade e composição das estruturas a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos.

A ultrassonografia permite também, através do efeito Doppler, se conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. Por não utilizar radiação ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é um método inócuo, barato e ideal para avaliar gestantes e mulheres em idade procriativa.
A ultrassonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis e oblíquos, de aplicação relativamente simples e com baixo custo operacional. A partir dos últimos vinte anos do século XX, o desenvolvimento tecnológico transformou esse método em um instrumento poderoso de investigação médica dirigida, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do usuário.

CARACTERÍSTICAS:
Esta modalidade de diagnóstico por imagem apresenta características próprias:
-É um método não invasivo ou minimamente invasivo.

-Apresenta a anatomia em imagens seccionais ou tridimensionais, que podem se adquiridas em qualquer orientação espacial.

-Não possui efeitos nocivos significativos dentro das especificações de uso diagnostico na medicina.

-Não utiliza radiação ionizante.

-Possibilita o estudo não invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler.
-Permite a aquisição de imagens dinâmicas, em tempo real, possibilitando estudos do movimento das estruturas corporais. O método ultra-sonográfico baseia-se no fenômeno de interação de som e tecidos, ou seja, a partir da transmissão de onda sonora pelo meio, observamos as propriedades mecânicas dos tecidos. Assim, torna-se necessário o conhecimento dos fundamentos físicos e tecnológicos envolvidos na formação das imagens do modo pelo qual os sinais obtidos por essa técnica são detectados, caracterizados e analisados corretamente, propiciando uma interpretação diagnóstica correta.

Além disso, o desenvolvimento contínuo de novas técnicas, a saber: o mapeamento Doppler, os meios de contraste, os sistemas de processamento de imagens em 3D, as imagens de harmônicas e a elastometria exigem um conhecimento ainda mais amplo dos fenômenos físicos.

A ultrassonografia pode contribuir como auxílio no diagnóstico médico e veterinário, sendo sua aplicação mais ampla atualmente em seres humanos. Pode acompanhar durante a gravidez o bebê desde seus primórdios ao nascimento, avaliando aspectos morfofuncionais. Permite ainda a orientação de processos invasivos mesmo antes do nascimento. Interage e auxilia a todas as demais especialidades médicas e cada vez mais firma-se como um dos pilares do diagnóstico médico na atualidade.

Aparelho para Tomografia Computadorizada I

Aparelho para Tomografia Computadorizada I

O QUE É TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ?

A tomografia computadorizada ou computorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada / computorizada (TAC), é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X.

PRINCÍPIOS FÍSICOS:

A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar).
Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).

PROCEDIMENTO:

Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado. Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo.Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando, portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja, multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.

CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS TOMOGRÁFICAS:

Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas.
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica. O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0, 023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria.
Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos. A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:

zero unidades Hounsfield (0 HU) é a água,

ar -1000 (HU),

osso de 300 a 350 HU;

gordura de –120 a -80 HU;

músculo de 50 a 55 HU.

As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.

Numa janela define-se a abertura da mesma, ou seja, qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela. O uso de diferentes janelas em tomografia permite, por exemplo, o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo. As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio, ou seja, é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tridimensionais.

Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.

Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).

VANTAGENS E DESVANTAGENS:

VANTAGENS:
A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida. Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%. Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.

DESVANTAGENS:
Uma das principais desvantagens da TC é devida ao fato de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível, sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado com cuidado os riscos e os benefícios. Apesar da radiação ionizante X, o exame tornasse com o passar dos anos o principal metodo de diagnostico por imagem, para avaliação de estruturas anatômicas com densidade significativa. O custo do exame não é tão caro como outrora, se comparado ao raios x convencional. Oferecendo ao profissional medico um diagnostico rápido e cada vez mais confiável.

Aparelho para Densitometria Óssea I

Aparelho para Densitometria Óssea I

O QUE É DENSITOMETRIA ÓSSEA ?

A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo.

Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico. O técnico do sexo feminino pode trabalhar mesmo estando grávida.

As partes mais afetadas na osteoporose são: o colo do fêmur, coluna, a pelve e o punho. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur e a coluna vertebral.

Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa óssea e conseqüente predição do índice de fratura óssea.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a osteoporose é definida como doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do tecido ósseo.

É recomendado que se repita anualmente a densitometria óssea para que o médico controle o acompanhamento evolutivo da osteoporose.

O objetivo de se fazer uma densitometria óssea é avaliar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. O paciente não necessita de preparo especial e nem de jejum. O exame leva aproximadamente 15 minutos. A osteoporose pode ser controlada, desde que o médico possa precisar o real estado de saúde do paciente.

Aparelho para Mamografia I

Aparelho para Mamografia I

O QUE É MAMOGRAFIA ?

A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.

Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x, para obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário.

É o exame das mamas realizado com baixa dose de raios X em mulheres assintomáticas, ou seja, sem queixas nem sintomas de câncer mamário. A mama é comprimida rapidamente enquanto os raios x incidem sobre a mesma. Pode incomodar se for realizado quando as mamas estiverem dolorosas (por exemplo: antes da menstruação). Assim, deve ser feito cerca de uma semana após a menstruação. A imagem é interpretada por um radiologista especialmente treinado para identificar áreas de densidades anormais ou outras características suspeitas. O objetivo da mamografia é detectar o câncer enquanto ainda muito pequeno, ou seja, quando ele ainda não é palpável em um exame médico ou através do auto-exame realizado pela paciente. Descobertas precoces de cânceres mamários através da mamografia aumentam muito as chances de um tratamento bem-sucedido. Um exame anual de mamografia é recomendado para todas as mulheres acima de 40 anos. Resultados registrados pela American Câncer Society, em uma recente avaliação em oito clínicas escolhidas aleatoriamente, demonstraram que houve 18% menos mortes em decorrência de câncer mamário entre mulheres com 40 anos ou mais que haviam feito mamografia periodicamente. Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e a possibilidade do tratamento do câncer mamário são muito significativos, compensando o risco mínimo da radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem durante o exame.

Aparelho de Ressonância Magnética I

Aparelho de Ressonância Magnética I

O QUE É RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ?

Ressonância magnética é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do espectro eletromagnético, caracterizando-se como sendo uma espectroscopia. Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso se dá necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada.
Em espectroscopia, o processo de ressonância magnética é similar aos demais. Pois também ocorre a absorção ressonante de energia eletromagnética, ocasionada pela transição entre níveis de energia rotacionais dos núcleos atômicos, níveis estes desdobrados em função do campo magnético através do efeito Zeeman anômalo.
Como o campo magnético efetivo sentido pelo núcleo é levemente afetado (perturbação essa geralmente medida em escala de partes por milhão) pelos débeis campos eletromagnéticos gerados pelos elétrons envolvidos nas ligações químicas (o chamado ambiente químico nas vizinhanças do núcleo em questão), cada núcleo responde diferentemente de acordo com sua localização no objeto em estudo, atuando assim como uma sonda sensível à estrutura onde se situa.

MAGNETISMO MACROSCÓPICO E MICROSCÓPICO:

O efeito da ressonância magnética nuclear fundamenta-se basicamente na absorção ressonante de energia eletromagnética na faixa de freqüências das ondas de rádio. Mais especificamente nas faixas de VHF.

Mas a condição primeira para absorção de energia por esse efeito é de que os núcleos em questão tenham momento angular diferente de zero.
Núcleos com momento angular igual a zero não tem momento magnético, o que é condição indispensável a apresentarem absorção de energia eletromagnéticas. Razão, aliás, pertinente a toda espectroscopia. A energia eletromagnéticas só pode ser absorvida se um ou mais momentos de multipolo do sistema passível de absorvê-la são não nulos, além do momento de ordem zero para eletricidade (equivalente à carga total). Para a maior parte das espectroscopias, a contribuição mais importante é aquela do momento de dipolo. Se esta contribuição variar com o tempo, devido a algum movimento ou fenômeno periódico do sistema (vibração, rotação, etc), a absorção de energia da onda eletromagnéticas de mesma freqüência (ou com freqüências múltiplas inteiras) pode acontecer. Um campo magnético macroscópico é denotado pela grandeza vetorial conhecida como indução magnética B (ver Equações de Maxwell). Esta é a grandeza observável nas escalas usuais de experiências, e no sistema SI é medida em Tesla, que é equivalente a Weber/m3.

Em nível microscópico, temos outra grandeza relacionada, o campo magnético H, que é o campo que se observa a nível microscópico. No sistema SI é medido em Ampere/m. Rigorosamente, núcleos não apresentam spin, mas sim momento angular (exceção feita somente ao núcleo do isótopo 1 do hidrogênio, que é constituído por um único próton). Embora o spin possa ser considerado um momento angular, por terem ambos as mesmas unidades e serem tratados por um formalismo matemático e físico semelhante, nem sempre o oposto ocorre. O spin é intrínseco, ao passo que objetos compostos tem momento angular extrínseco. Contudo, motivos históricos e continuado costume levaram a esse abuso de linguagem, tolerado e talvez tolerável em textos não rigorosos. Um motivo a mais de complicação é o fato de que a moderna física de partículas considerar que certas partículas, antes pensadas como elementares (e, portanto possuindo spin), sejam compostas (próton e nêutron compostos de quarks). Assim, fica um tanto impreciso o limite entre os casos onde se deva usar o termo spin e os casos onde se deva usar o termo momento angular.

Aparelho de Radioterapia I

Aparelho de Radioterapia I

O QUE É RADIOTERAPIA ?

Radioterapia é uma especialidade médica focada no tratamento oncológico utilizando radiação. Há duas maneiras de utilizar radiação contra o câncer:
Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares; e

Braquiterapia: que é o tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.

RADIOTERAPIA EXTERNA:

É um tratamento de radioterapia em que o paciente recebe a radiação de uma fonte externa. Ou seja, a radiação que atinge o tumor é emitida por um aparelho fora do corpo do paciente. Nesse tipo de tratamento a radiação também atinge todas as estruturas (tecidos e órgãos) que estiverem no trajeto do tumor. Nesse caso, a fonte radioativa é colocada a uma distancia que varia de 1 cm a 1m da região a ser tratada. Os equipamentos utilizados na teleterapia podem ser quilovoltagem, de megavoltagem e de teleisotopoterapia.

EQUIPAMENTOS DE QUILOVOLTAGEM:

São tubos convencionais de raios X. A voltagem aplicada entre os eletrodos é no máximo de 250 kV. Por essa razão, esses equipamentos são usados principalmente no tratamento de câncer de pele. Nesse tratamento o paciente é submetido a doses de 300 rad (3Gy) até atingir um total de 6000 rad (60 Gy).

EQUIPAMENTOS DE MEGAVOLTAGEM:

Nessa classe se situam os aceleradores de partículas como aceleradores lineares e bétatrons. Num caso típico em que os elétrons atingem uma energia de 22 MeV, a dose máxima devida a raios X ocorrerá entre 4 e 5 cm de profundidade, decresce para 83% a 10 cm e para 50% a 25 cm. Portanto na terapia de tumores nos órgãos mais profundos como pulmão, bexiga, próstata, útero, laringe, esôfago, etc.

BRAQUITERAPIA:

A Braquiterapia é uma forma de radioterapia na qual a fonte de radiação é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. Materiais radioativos, geralmente pequenas cápsulas, são colocadas junto ao tumor liberando doses de radiação diretamente sobre ele, afetando ao mínimo os órgãos mais próximos e preservando os mais distantes da área do implante.

IMPORTANTE - COMO ESTUDAR PARA CONCURSOS PÚBLICOS

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Adendo I

Adendo II

Adendo III

PROGRAMA BÁSICO DE RADIOLOGIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PROGRAMA DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA

· PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FÍSICA DAS RADIAÇÕES.


· ELEMENTOS DE RADIOGRAFIA.

· FORMAÇÃO DA IMAGEM.

· RADIAÇÃO SECUNDÁRIA.

· ACESSÓRIOS DE UM APARELHO DE RAIOS X.

· COMPOSIÇÃO DOS FILMES RADIOGRÁFICOS

· CÂMARA CLARA E CÂMARA ESCURA.

· MANIPULAÇÃO DE QUÍMICOS: REVELADOR E FIXADOR, ÉCRANS, INTENSIFICADORES, CHASSIS, PROCEDIMENTOS DE FILMES RADIOGRÁFICOS.

· PROTEÇÃO RADIOLÓGICA.

· ANATOMIA HUMANA.

· TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS.

· INCIDÊNCIA BÁSICA E ACESSÓRIA.

· CRÂNIO E FACE, MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES, COLUNA VERTEBRAL, PELVE, TÓRAX, ABDOME E CUIDADOS NOS PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS.

· PROTOCOLO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

· PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE EXAME EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.

. NOÇÕES DE MAMOGRAFIA.

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